Cada vez que decorre umha data assinalada em lilás, ouvimos homens identificarem-se como “feministas”. Até Marlaska!
Todos, inclusive os que vos (auto)declarades feministas, vimos de fábrica com o patriarcado instalado e, mais cedo que tarde, mostraremos atitudes machistas. Estas atitudes em público já nom som “políticamente corretas”, mas seguem-se a fazer em privado brincadeiras sexistas ou ter comportamentos nocturnos machistas.
Nom seremos feministas até que cessem essas atitudes e perdamos os nossos privilégios e isso só pode acontencer quando o Feminismo exercer sobre a sociedade toda a sua capacidade transformadora.
Só quando os homens tivermos contacto com a teoria feminista e chegarmos a ser conscientes do modelo social em que fomos educados e o nosso rol no patriarcado. Quando estudarmos e aprofundarmos nessa teoria, e aplicarmos todo o aprendido à prática. Só assim, juntando todos estes condicionantes, poderíamos dizer que estamos no caminho de ser feministas. Ainda ficaria o mais complicado, aderirmos e assumirmos a liderança das mulheres feministas. Mas fica demonstrado que somos incapazes de o fazer; isto é mais visível em jornadas como a do 8m ou o 25n, quando os homens nom podemos manter um perfil subordinado ou nom ter o nosso papel protagonista.
Devemos aspirar a ser feministas no sentido final. Significaria que teríamos destruído o sistema patriarcal (e portanto o capitalismo). O Feminismo seria umha qualidade do próprio sistema e nom das individualidades que o conformamos. Dum sistema justo, igualitário e solidário.
