Opinión

Farsa

Escrevo num dos ecráns enquanto ouço  o “teatrinho” que decorre estes dias em Madrid, disfarçado de julgamento contra  doze militantes independentistas. O esperpento de ouvir o fiscal e os “especialistas” da Guarda Civil produziria risada se nom fosse que estamos a falar de petiçons de 102 anos de prisom e centenas de milhares de euros em sançons.

Vam tam sobrados que achegam imagens de dúzias de pessoas parabenizando o preso independentista Rodrigues Fialhega “Teto” polo seu aniversário como provas de “enaltecimento do terrorismo”. Tam sobrados que nom lhes custa admitir que as traduçons da documentaçom as fai um Guarda Civil e nom um especialista ou tradutor com conhecimentos de galego-português. Ou o reconhecimento da “espionagem preventiva” a práticas legais.

Surrealista e terrorífico pola impunidade com a que a demofobia espanhola atua.

A notícia da apariçom dum zulo em Coimbra em novembro de 2019, e mantida em segredo até hoje,  filtrada desde o corpo repressivo espanhol também nom é por acaso.

Precisamente o dia anterior ao início do julgamento na Audiência Nacional, estivem a ver o filme “Os sete de Chicago”, o qual recomendo. Com certeza encontraredes umha analogia clara entre este processo e o que decorre contra Causa Galiza e Ceivar. Mesmo encontraredes coincidências entre o histriónico juiz Hoffman e o magistrado Guevara, incluídos os seus agudos “impertinente”. Mas sobretodo no que mais se assemelha é que a condenaçom está pré-cozinhada. Espero equivocar-me.

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