Opinión

ENCE nom

No próximo domingo, 4 de julho, a vizinhanza de Ponte Vedra sairá mais umha vez à rua numha nova marcha convocada pola APDR, mobilizando-se contra a permanência de ENCE na ria de Ponte Vedra, onde continua de maneira ilegal desde 2018. 

Falarmos de ENCE é sinónimo de falar de colonialismo. O Regime espanhol preparou o terreno previamente, com a aprovaçom do “Decreto Florestal” em 1942 e impulsando a repovoaçom e a monocultura nos nossos montes, com espécies de crescimento rápido, e convertendo a Galiza num imenso eucaliptal. Assim, desde 1962, a vizinhança vê-se privada dumha parte importante dos seus recursos marisqueiros e pesqueiros, pola poluiçom e pola ocupaçom de mais de 600.000 metros quadrados.

Quase seis décadas depois, e contando com o beneplácito de todos os governos do Estado, ENCE continua a poluir a ria de Ponte Vedra, apesar de ser a única pasteira condenada por delito ecológico continuado na Europa. Poluiçom mediante os derrames de chumbo ou mércurio na Ria, por sobreconsumo de água, destruiçom de milhares de postos de trabalho diretos e indiretos, baseados nos recursos naturais, incêndios… todo isto é o que implica manter a celulose em Louriçám, como pretende a empresa, com o apoio da Junta e do Partido Popular, incumprindo a Lei de Património das Administraçons Públicas. 

Fica pois continuar a apoiar a luita social da Associaçom Pola Defesa da Ria de Ponte Vedra até a expulsom definitiva deste tipo de indústria destrutiva para o País e só lucrativa para o capital. 

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