Escrevo com o “parte de guerra” do autodenominado Comité Ténico de Gestom do Coronavírus de fundo. Um dos senhores com muitas medalhas afirma que a Guarda Civil está “reforçando os controlos para evitar atitudes insolidárias”. Outro dos uniformados conta anedotas da “picaresca” da gentalha para sair do confinamento. Conta 104.669 pessoas em todo o Estado sancionadas por este motivo. A “má óstia” vai em aumento, canso de ouvir que desta crise sairemos todas unidas e com orgulho de sermos espanholas, porque o vírus nom entende de fronteiras, nem de classes nem de ideologias, mas cada dia a dose de nacionalismo espanhol que nom falte.
E enquanto nos vendem a sua gestom e as redes se enchem de vídeos da brutalidade policial e bufos de varanda, há quem continue a sair da metrópole para se instalar nas colónias com total impunidade.
Porque, que o Covid19 se centrifugou nos primeiros dias da crise sociossanitária, perante a negativa do Governo espanhol a fechar Madrid, já o di até o Alcázar de Sabom.
E agora que semelha que o vírus começa a remitir no seu contágio, há umha segunda onda de visitantes desde “la capital” que contam com salvo-condutos e percorrem 600 quilometros para se instalarem de férias na sua “casita de provincias” em Cabanas, Vicedo, Barreiros ou Vila Garcia. O vírus nom entende de classes, mas os insolidários nom chegam de Vallekas, Parla ou Mostoles. Quem chega som as famílias com “bula áurea” como as do franquista Suanzes Fernández. Porque elas sim entendem de classes, ideologias e territórios. Som os mesmos a confrontar no dia depois. A por eles!
