Opinión

Gaiteiro!

Nom tinha intençom de convertir esta columna num panegírico permanente, mas acho que é de justiça escrever hoje estas linhas.

Este país tem umha dívida pendente com centenas de pessoas anónimas que durante toda a sua vida partilhárom muitos anos de luita, de entrega militante e de alegria de viver polo bem coletivo do nosso povo e da nossa classe. Sem mais interesse que servir ao seu povo, sem que a maioria chegasse a saber que existirom.  

Há pouco mais dumha semana, após umha longa e dura doença, deixava-nos um desses bons e generosos: Victor Agulló.

Mestre de várias geraçons de gaiteiras e gaiteiros na comarca de Trasacos, operário reformado de Bazán, comunista e republicano. Sócio número 1 da Fundaçom Artábria, como ele gostava de lembrar. 

Enquanto a saúde lho permitiu, nom havia foliada ou ato que nom contasse com a sua gaita. 

Bonachom e sempre sorrindo, Agulló ajudou a construir, literalmente, o decano dos Centros Sociais, no bairro da Madalena. Agulló foi de Apalpador gaiteiro. Agulló elaborou esse toldo que tantas vezes nos acompanhou no Festival da Terra e da Língua, em Pardinhas ou no Dia da Pátria.

Teria mil e umha anedotas para contar-vos deste génio mas deixarei-vos com esta. Xurxo Souto cada vez que apresenta um livro no Centro Social conta aquela vez Agulló exerceu de apresentador e explicou o livro capitulo a capitulo, mas nom só, em palavras do de Monte Alto melhorou-no.

Daquí a minha pequena homenagem a este grande homem. Até sempre gaiteiro!

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