Novamente o centro do capitalismo mundial vive um estalido social de denúncia pola violência policial cara à populaçom afrodescendente. O racismo sistémico é um problema estrutural presente nos EUA desde há séculos.
Desde que a 25 de maio se conhecia o vídeo em que a polícia de Minneapolis asfixiava até a morte George Floyd, a resposta popular estendeu-se nos últimos dias a mais de 140 cidades, chegando a cercar a Casa Branca, obrigando o serviço secreto a trasladar a Donald Trump para um bunker subterráneo.
Segundo os dados do Mapping Police Violence, cada ano há um mínimo de 1.071 mortes causadas pola polícia, tendo os negros três vezes mais possibilidades que os brancos de serem assassinados polos agentes. A polícia sabe que atua com total impunidade. Só umha mínima percentagem de casos som processados e acabam na absolviçom. Nos poucos casos de condena, focaliza-se em açons individuais, em lugar de considerar a questom estrutural mais ampla. Argumentos que levam a negar a natureza racista da polícia, como há uns dias num artigo de La Voz de Galicia.
Com mais de 100.000 pessoas mortas pola Covid-19, convertendo os EUA no principal foco mundial, 40 milhons de desempregadas, umha brutal desigualdade salarial e o inicio da enésima crise do capitalismo dá a sensaçom de que os EUA estám a chegar a um ponto de ruptura.
A evoluçom e a duraçom dos protestos som umha incógnita, mas a faísca prendeu em Minneapolis e quem sabe se estaremos a viver o início dum novo cenário para este século.
