Opinión

Bandas de abertura

Avança o processo de vacinaçom e semelha que cada vez estamos mais perto de deixar atrás a pandemia para voltar ao (velho) normal.

E só passárom uns meses desde que a cultura galega disponibilizava a sua obra nas redes de maneira altruísta para nos entreter durante a pandemia, pondo o seu graozinho de areia para tentar que levássemos o confinamento o melhor possível. Obrigadas!

Suprimos de maneira virtual a vontade de festivais, de ir ao teatro ou ouvir umha conta-contos. Das instituiçons, falavam de reativar o sector neste ano 2021, apostando na nossa cultura. Apresentavam-se da Junta bonitos planos, com milhons de euros para “reinventar o Jacobeu” onde as criadoras culturais galegas tivessem “umha plataforma de projeçom”, dizia o conselheiro.

Aos poucos, vamos vendo em que se concretiza essa “reinvençom”, com o anúncio de festivais carregados de milhons públicos e carimbo Jacobeu.

Talvez o exemplo mais sangrante, polo investimento de seis milhons de euros e contrato “ad hoc” aos seus promotores, seja o “Som do Caminho” onde a presença de artistas do país e a nossa língua ficam relegadas ao papel de bandas de abertura.

O MorriñaFest seria outro exemplo de festival “gadis style”, onde se aposta na rádio-fórmula espanhola e o galego se reduze a um nome mui “galhegueiro”.

Por enquanto, teremos que seguir à espera para ver as e os grandes artistas deste país como cabeça de cartaz de grandes eventos patrocinados com dinheiro público. Mas nom o duvidedes, haverá primavera!

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