Opinión

Anónimas

Xende trabalha na nave de logística dumha multinacional do sector serviços. Vender a sua força de trabalho garante a distribuiçom de alimentos e outros artigos de primeira necessidade nos supermercados.

Nuchi leva desde inícios dos oitenta a trabalhar na limpeza do CHUF. Hoje é umha das muitas companheiras que desinfeta o sétimo andar do hospital, aquele das e dos doentes por Covid-19.

Ana, mulher brava e com consciência de classe, trabalha em Urbaser e cada noite limpa as ruas do centro de Ferrol.

Miguel é enfermeiro do SERGAS. Apesar dos anos que leva descontados, é mais um claro exemplo da precarizaçom do nosso sistema de saúde pública. Som dias de andar a 200% e já sabe o que é trabalhar no andar do Covid-19.

Ximena é cuidadora a domicílio de dependentes. Embora esteja a sofrer a falta de material básico de proteçom, com o conseguinte risco para ela e para os seus utentes, sai cada dia a trabalhar.

Oliva é umha das muitas trabalhadoras das residências públicas para pessoas idosas. As denúncias ao longo do País de que nom contam com protocolos claros de atuaçom por parte da Junta e as EPIs necessárias som constantes.

Telú é caixeira dum supermercado. Nestes dias, a carga de trabalho tem aumentado consideravelmente e, proporcionalmente, o stress das que desenvolvem este trabalho.

Patri é jornalista. Cada dia abandona o confinamento familiar para se deslocar aonde está a notícia.

Com certeza, conheceredes outras Patris, Telús, Xendes, Olivas, Migueis, Ximenas, Anas, Nuchis… Eles e elas nom sairám na televisom, mas som as imprescindíveis. Lembrade-o.

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