Opinión

Alcoa

A Galiza, sediada na periferia do centro capitalista, leva décadas a experimentar um declínio dos seus setores económicos.

Às dinámicas ou tendências que imponhem as leis do capitalismo devemos somar-lhe a falta de soberania, quer dizer, dum Estado próprio. Isto implica, por um lado, a ausência de políticas de intervençom em chave nacional para o desenvolvimento económico a diferentes níveis, assim como para administrar os nossos próprios recursos caminando para umha economia planificada e, por outro, estar a expensas das imposiçons que reserva o Estado espanhol para o nosso país.

A aposta permanente nas indústrias de enclave assentes na Galiza, como Ence, Reganosa ou Alcoa, pensadas para fornecer o mercado espanhol e mundial, som exemplo destas dinámicas. Este modelo colonial impediu a criaçom dum sistema industrial galego, agravando a dependência económica da Naçom.

Um modelo de indústria que, quando a taxa de lucro decai, o capitalismo nom duvida em deslocá-la a outro lugar onde encontrar mais força de trabalho que explorar, com salarios mais baixos, menores direitos laborais e sindicais.

As trabalhadoras e trabalhadores de Alcoa som as últimas vítimas desse binómio “Espanha-Capitalismo”. Hoje toca estar com eles nas barricadas. Cumpre evitar um novo golpe mortal à nossa economia, mas sem perdermos o horizonte de construir essa República Galega que aposte num outro modelo económico, com um planeamento racional, ecológico e ao serviço da classe trabalhadora.

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