Opinión

Adultocracia

À medida que avançam as fases da “desconfinamento progressivo”, podemos afirmar que as crianças continuam a ser as grandes ausentes da agenda do Governo espanhol. Nem produzem, nem consomem e também nom votam.

“Aguantade, resistide e portade-vos bem” é a mensagem que recebêrom desde o início da crise sociossanitária. E elas, sem precisarem da linguagem bélica que dia sim dia também bombardeava os nossos ecráns com senhores uniformados, entendiam que havia que se confinar para se protegerem elas e protegermo-nos nós. Um esforço individual polo coletivo.

Fôrom capazes de entender e processar a partir do seu próprio universo conceitos que para elas, e em muitos casos para nós também, eram novos.

A resposta, só entendível a partir de umha posiçom de poder adulto, foi desde o início marcar às crianças como “perigosos vectores de transmissom assintomáticos e incontroláveis”. A ciência demonstrou que era falso, mas com certeza haveria algum informe de Pérez de los Cobos com provas de que logo que saíssem lamberiam o chao e tossiriam na cara de todo o mundo.

As necessidades das nenas e nenos som tam importantes como a de qualquer outro grupo de idade e devemos evitar-lhes problemas emocionais a médio-longo prazo.

Com certeza, as medidas de prevençom devem continuar, mas nas decisons do Estado devem primar os argumentos científicos e nom como até agora só os económicos. Só assim poderemos compreender porque um parque infantil é mais perigoso que umha lotada esplanada dum bar.

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