Opinión

A luita continua

Passou domingo e um em cada quatro galegos decidírom que Feijó devia seguir ocupando Monte Pio. Que Feijó tenha quatro anos mais para aplicar as suas políticas neoliberais na Galiza nom é boa notícia.

E, como cada vez que há um processo eleitoral, nom faltárom milhares de analistas políticos, muitos de além do Padornelo, que nom aforrárom tópicos para dizer o mal que votamos as galegas, que temos o que merecemos e que com certeza todas somos fachas. Um revival de aquele “Escravos que votam no amo, no cacique, no que manda, nos de sempre. Povo alienado” de Fernán Vello. E ainda em Galapagar se perguntam que pudo correr mal, se até trouxérom de tourné a Ministra de Trabalho do Governo mais progressista da história. Nom faltárom os benególogos para nos contarem que o BNG tem que disputar o eleitorado ao Partido Popular girando à direita. Curioso, quando o Bloco mais à esquerda e soberanista superou o teito de representaçom no Parlamento Galego, com 19 deputadas.

O BNG iniciou em Ámio um caminho que nom deveria ter volta atrás e confio que nom terá.

A hegemonia eleitoral deve disputá-la nesse espaço abstencionista que desta volta decidiu ficar na casa. E isso deve ir acompanhado de mais esquerda e mais soberania. E certamente de rua, muita rua. Porque esse é o terreno onde melhor nos movemos, o epicentro das luitas. Os resultados do nacionalismo em zonas em conflito como a Marinha ou Verim estám aí para quem quiger vê-los. Sigamos a construir país dia a dia. Haverá primavera.

Comentarios