Opinión

Para que se utilizou o dinheiro dos resgastes a Grécia?


A European School of Management and Technology, umha instituiçom para nada suspeitosa de radicalismo, publicou recentemente um documento de trabalho* no que se analisa o destino do dinheiro dos resgates gregos. Lembremos que Grécia foi objeto de três resgates. O primeiro começou em Maio de 2010. A partir de Março de 2012 foi sucedido polo segundo. O terceiro foi solicitado polo governo de Syriza em Julho de 2015. 

Os dous primeiros programas aportárom 215’9 miles de milhons de euros. A onde fórom parar esses recursos? Longe de ajudar ao povo grego os principais beneficiários fórom outros. Segundo a análise de Rocholl e Stahmer para o ESMT, menos de 5% do total contribuiu diretamente para o orçamento fiscal grego. A imensa maioria dos fundos servírom para o pagamento da dívida ou para a recapitalizaçom de bancos: 40% do total para a amortizaçom de dívida, 24% para juros da dívida e 17% para a recapitalizaçom bancária.

Ao igual que no primeiro e segundo resgate o programa assinado polo governo de Syriza tem como principal objeto o pagamento da dívida e a recapitalizaçom bancária

O terceiro programa foi negociado polo governo de Tsipras. O Memorando de Entendimento aprovado em Agosto de 2015 contempla um total de 86 mil milhons de euros. Neste caso nom podemos falar da execuçom dos fundos mas do destino previsto no Memorando. Ao igual que no primeiro e segundo resgate o programa assinado polo governo de Syriza tem como principal objeto o pagamento da dívida e a recapitalizaçom bancária, mais de 90% dos fundos tenhem este destino: 35’9 mil milhons para a amortizaçom de dívida, 17’8 mil milhons e 25 mil para a recapitalizaçom bancária. Som o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional os principais receptores dos pagamentos do principal e dos juros da dívida.

Em resumo mais de 60% dos fundos dos três programas servírom ou vam servir para pagar a dívida (principal e juros) e mais de 20% para recapitalizar as entidades financeiras. Só arredor de 5% foi para o orçamento grego. Os resgastes de Grécia –ao igual que os doutros Estados- nom pretendérom beneficiar às classes populares gregas mas assegurar os interesses do capital financeiro.
 
Umha defesa dos interesses do capital que também se evidencia nas medidas contempladas no Memorando. Reduçons salariais, desmantelamento do sistema público de pensons, incremento do IVA ou, em palavras das próprias autoridades comunitárias, um programa de privatizaçons significativamente reforçado... som algumas das medidas que mostram a quem serve o governo grego e a UE. 

* Rocholl, J., and A. Stahmer (2016). Where did the Greek bailout money go? ESMT White Paper No. WP–16–02.

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