Opinión

A criaçom de emprego

O governo do Estado celebra de forma entusiástica o que considera umha reduçom do desemprego histórica no terceiro trimestre de 2014 segundo os dados do Inquérito de Populaçom Activa.

O governo do Estado celebra de forma entusiástica o que considera umha reduçom do desemprego histórica no terceiro trimestre de 2014 segundo os dados do Inquérito de Populaçom Activa. No conjunto do Estado entre o terceiro trimestre de 2013 e o mesmo trimestre de 2014 a ocupaçom aumentou em 266 mil pessoas (1'5%). Feijoo, como era de aguarda, une à sua voz à de Rajoy embora a suba do número de ocupad@s no nosso país nom alcançou os 6 mil (0'5%).

"Na Galiza nos últimos sete anos, do terceiro trimestre de 2007 ao terceiro trimestre de 2014, @s ocupad@s a tempo parcial crescérom 21% enquanto os de tempo completo caiam 20%".

Para interpretar estes resultados cumpre ter em conta que o IPA classifica como ocupad@s aquel@s que trabalhárom durante a semana anterior à realizaçom da entrevista, nom importa a duraçom do trabalho, ainda que fosse um contrato dumha hora e o resto da semana nom tivesse emprego computaria-se como ocupad@. Nom é umha definiçom nova de ocupaçom mas as mudanças que se estám a produzir no mercado laboral fam que o seu impacto cada vez seja maior.

Em efeito a crise está dando lugar a um notável incremento das pessoas que trabalham a tempo parcial enquanto se reduzem os empregos a tempo completo, também dos empregos de curta duraçom frente aos de longa duraçom. Os empregos fraccionam-se dando lugar à apariência de criaçom de postos de trabalho. Na Galiza nos últimos sete anos, do terceiro trimestre de 2007 ao terceiro trimestre de 2014, @s ocupad@s a tempo parcial crescérom 21% enquanto os de tempo completo caiam 20%. A contrataçom a tempo parcial afecta especialmente às mulheres: três cada quatro ocupad@s a tempos parcial. Porém com a crise o incremento foi muito maior no caso masculino, crescérom mais de 40% os empregos a tempo parcial enquanto no caso feminino o aumento foi de 20%.

"Cada vez som mais as pessoas que tendo emprego nom obtenhem um nível de ingressos que lhes permitam sair da situaçom de pobreza".

Este câmbios estám dando lugar a um empobrecimento das pessoas com emprego. A situaçom de pobreza deixou de estar associada ao nom acesso ao um emprego remunerado, cada vez som mais as pessoas que tendo emprego nom obtenhem um nível de ingressos que lhes permitam sair da situaçom de pobreza. Nom só pola reduçom dos salário horário, maior no caso galego, polo espectacular incremento das horas extras trabalhadas sem cobrar ou polo incremento das despesas a cargo do trabalhador (deslocaçons, jantar fora do fogar,...) senom também polo aumento da contrataçom a tempo parcial da que já falamos. Mais umha mostra disto é a relevância quantitativa d@s assalariad@s cujos ingressos nom alcançam o salário mínimo interprofissional (SMI), bem porque trabalham a tempo parcial bem porque nom tenhem um trabalho contínuo senom que encadeam períodos com emprego com períodos desempregad@s. Segundo o INE o número de assalariad@s que nom alcança o SMI duplicou-se entre 2004 e 2012. Segundo os dados da Agência Tributária perto de 300 mil assalariad@s na Galiza, arredor de 30% do total, nom alcançárom em 2012 o salarío mínimo interprofissional (8979'6 euros/ano). Deles mais de 170 mil cobrou menos da metade do SMI, 17% d@s assalariad@s que apenas recebeu 1’8% dumha massa salarial que cada vez representa umha parte menor do produto social

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