Opinión

Fim de ciclo

Atordoados neste incrível big-bang económico tal vez deixamos sem analise dados igualmente reprováveis como o descabeçamento do movimento sindical a cargo dos poderes ejecutivo e judicial.

Atordoados neste incrível big-bang económico tal vez deixamos sem analise dados igualmente reprováveis como o descabeçamento do movimento sindical a cargo dos poderes ejecutivo e judicial. Apenas é motivo de comentário nem de destaque jornalístico que vários sindicalistas terem que cumprir penas de privação de liberdade por defender direitos dos trabalhadores obtidos em duras confrontações com os poderes públicos; A ninguém deveria deixar na indiferença os comentários em tertúlias radiofónicas ou televisivas, onde reconhecendo "paternal ou maternalmente" a situação dos diversos colectivos que decidem manifestar seu descontento, insistem em demonizar o jeito de manifestar-se porque algum exaltado o algum antisistema (cuia procedência se silencia) acode a medidas extremas ou atenta contra bens públicos ou privados; ou comentários que justificam as brutais e indiscriminadas intervenções da policia na actuação de manifestantes alheios por completo a actos vandálicos.

Nos Julgados de Vigo há poucos dias condenou-se a dois sindicalistas destacados a penas de prisão por ocupação ilegítima de bens públicos (ao parecer fugiam da carga da policia e refugiarem-se na Zona Franca), outra sentença condena a outro sindicalista de notoriedade por desordens públicos, poucos dias antes um Julgado de Ferrol condenava igualmente a sete marinheiros por desobediência e coacção ante a entrada do primeiro gaseiro na ria de Ferrol; poderíamos seguir com mais sentenças, que em muitos casos levaram os condenados a entrar em prisão e/ou responsabilidades económicas.

Carregam-se as responsabilidades nos atestados policiais sobre aqueles sindicalistas mais activos ou mais emblemáticos para descabeçar o movimento sindicalista, para atacar nos seus líderes e privar deles á movimentação obreira; e ao chegar aos julgados esses atestados som assumidos como fedatarios da realidade. Teríamos que tomar consciência de este outro ataque á nossa sociedade que já deixou de ser do bem-estar, mas que deveremos conservar como da dignidade.

Do mesmo jeito existe uma repressão contra os movimentos nacionais em nações sem estado como Galiza, Eukadi e Catalunya, com recorte da exíguas descentralizações outorgadas, retalhos no emprego das línguas nacionais, regressão do idioma no ensino, etc. Especialmente uma ofensiva clara contra aquelas organizações políticas ou culturais mais assentadas no país; na nossa nação teremos que destacar o acometimento á MESA e muito gravemente toda a pretensão de esfarelar a organização nacionalista que já vem desde o ano 2.002 e que alguém deverá desvendar para conhecimento do comum; não perece tampouco casual que se trata-se de dinamitar o BNG desde dentro e que ao não conseguir pretendam debilitar com cisão curiosamente liderada por pessoas que ocuparem cargos no governo bipartido designados polo BNG. No momento actual, dentro da nossa nação os elementos mais combativos seriam o BNG a CIGA e o SLG, alem de Confrarias de Pescadores e algumas associações, todas objecto de graves acometidas desde fora e no seu interior, impedindo de este jeito consolidar e oferecer ao eleitorado opções fortes e amparo fronte aos que provocam ou aproveitam a crise

Numa analise ainda simples eu penso que todo isto não ocorre por casualidade e porque os bancos financiarem mais casas das que deviam. Eu não podo considerar que o Sr. de Guindos nem o Sr. Rajoy nem outros sejam de uma burrice paradigmática; os vejo felizes e sorridentes (ou rindo a gargalhadas) nas suas reuniões entre sim ou cós outros manda chuvas europeias ou mundiais, que passam pelas mesmas aperturas e que mostram o mesmo gesto comprazido. Não, esto responde a um plano totalmente elaborado e arranjado por poderes económicos para subverter a sociedade actual e instaurar outra mais acorde (ainda) com seus interesses, no que os responsáveis dos grandes partidos jogam um papel de colaboradores ou de vulgares executores. Carece de lógica que se tomem cada dia novas medidas mais insofríveis para as crases obreira e media sem alviscar melhora de futuro e sem outra utilidade que agravar a situação económica actual em beneficio... digo eu... do cumprimento de esse plano de subversão, de nos fazer retroceder varias décadas em favor do grande capital. Som insensíveis ás manifestações e protestas, por isso som tanto tíbios nas suas criticas os grandes partidos da oposição, também a inseguridade jurídica...

Fim de ciclo. Não imos a pior, caminhamos para algo diferente, para uma sociedade na que os poderes económicos tomam conta da marcha do mundo sem importar-lhes o que pensemos os cidadãos. Aqui, o governo no Estado espanhol cede totalmente soberania e quer conservar mando tratando de aferrolhar de novo as nações que o integram; semelha que com Galiza o está conseguindo; depende de nos, de que, fora de partidismos e submissões, entendamos que nada bom nos tem vindo desse há séculos da pertença a esse estado.

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