Opinión

Empada “gallega” La Cocinera

Entre os produtos de Nestlé retirados do mercado por detectar nalgum deles carne de cavalo está umha denominada empada “galega” de carne da marca La Cocinera. Se um visita a web de Nestlé ainda pode ver a publicidade deste produto, disfruta na tua casa do autêntico sabor da Galiza.

Entre os produtos de Nestlé retirados do mercado por detectar nalgum deles carne de cavalo está umha denominada empada “galega” de carne da marca La Cocinera. Se um visita a web de Nestlé ainda pode ver a publicidade deste produto, disfruta na tua casa do autêntico sabor da Galiza. Nom se deixam enganar polo nome do produto nem pola publicidade, este produto nom provém da Galiza mas dumha factoria de Valhadolid segundo informa a própria prensa dessa cidade. Segundo a prensa a carte procede doutra empresa castelhana, nesta ocasiom de Toledo. Tira proveito a multinacional suíça do prestígio da marca Galiza sem que o nosso país se beneficie. Umha fraude que nom aparece nos meios de comunicaçom.

Este novo engano pom em luz algumhas características do sistema alimentar na época da mundializaçom. O crescente peso das grandes transnacionais que actuam nos mais diversos subsectores da alimentaçom, com um sem-fim de marcas e a escala mundial. O abastecemento a nível mundial de tal forma que um alimento que se consome no Reino Unido puído ser fabricado em França com matérias-primas procedentes de Roménia ou de qualquer outra parte do mundo. Isto dificulta a tracejabilidade das matérias-primas e polo tanto a segurança das mesmas.

"A empada nom provém da Galiza mas dumha factoria de Valhadolid"

As notícias sobre esta fraude também evidencia outra característica, a uniformizaçom do consumo alimentar e o peso cada vez maior dos alimentos que se compram preparados na alimentaçom das pessoas. Uns câmbios que facilitam a expansom das transnacionais.

Um sistema agroalimentar no que o nosso país ocupa um lugar periférico na divisom internacional do trabalho alimentar. Com efeito do nosso país saim matérias-primas que noutras áreas do Estado som transformadas em produtos de maior valor acrescentado e geram emprego. Nom só as matérias-primas, agora vemos que também gera emprego e riqueza noutros lugares, neste caso em Valhadolid, um activo intangível, a marca Galiza associada à alimentaçom.

Dentro de pouco esqueceremos o fraude da carne de cavalo, no entanto continuará a fraude com a marca Galiza enquanto o nosso país segue importando alimentos e a riqueza e o emprego se gera fora.

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