Opinión

Cimeira da UE de Junho de 2012: dinheiro para os bancos, recortes para as classes populares e maior centralizaçom

Falam os meios de comunicaçom do trunfo de Rajoy na reuniom. Nom se enganam, Rajoy trunfou na sua intençom de ajudar ao capital financeiro. Conseguiu que a UE financie directamente à banca ou melhor dito conseguiu um acordo de que no futuro (finais de 2012?), quando se crie um mecanismo único de supervisom da banca, se produzirá essa recapitalizaçom directa.

Falam os meios de comunicaçom do trunfo de Rajoy na reuniom. Nom se enganam, Rajoy trunfou na sua intençom de ajudar ao capital financeiro. Conseguiu que a UE financie directamente à banca ou melhor dito conseguiu um acordo de que no futuro (finais de 2012?), quando se crie um mecanismo único de supervisom da banca, se produzirá essa recapitalizaçom directa. Sem dúvida umha boa notícia, mas isto será no futuro, no presente que acontecerá? Quem sabe, o que si sabemos é que nós, a maioria das galegas e dos galegos, nom imos beneficiar-no de nengumha injecçom de capital da UE e que tampouco se adoptou nengumha medida para corrigir as desigualdades sociais nem os desequilíbros territoriais na UE. Da mesma forma, o anunciado Pacto de Crescimento é umha nova operaçom de propaganda porque conta com umha dotaçom claramente insuficiente para a gravidade da crise e porque em boa medida nom se trata de novos recursos mas de fundos que já estavam programados. Ademais umha parte desses fundos irám ao sector privado (grandes empresas) para financiar grandes investimentos que podem vir agravar os desequilíbrios territoriais.

Se Rajoy se apresenta como ganhador também o pode fazer Merkel, injecta-se dinheiro para garantir o cobro por parte dos credores da banca espanhola, em boa medida alemáns; consegue ademais dar-lhe um respiro a um euro cada vez mais questionado, ganhando tempo para a zona euro da que a economia alemá é a principal beneficiaria. Nom é de extranhar que a quotizaçom da principais empresas financeiras alemás (Commerzbank, Allianz ou Deutsche Bank) se dispare umha vez conhecido o acordo.

Ocultam sem embargo esses mesmos meios de comunicaçom quem vai pagar essa intervençom comunitária. Embora Rajoy se empenhe em negá-lo a declaraçom final da Cimeira contempla que a recapitalizaçom dos bancos irá acompanhada dumha condicionalidade que poderia afectar a “toda a economia”. Por desgraça sabemos perfectamente o que isso significa, recortes nas despesas sociais, “reformas estruturais”, suba dos impostos indirectos ou aceleraçom da centralizaçom bancária com a conseguinte extraversom do aforro das galegas e dos galegos.

A Comissom, o BCE e o FMI -os homes de negro que negava o PP- trabalham neste momento no Memorandum do Acordo para a recapitalizaçom bancária, o acordo da Cimeira insta a que se conclua em breve. Em realidade nom é necessário que as políticas restritivas se plasmem nesse documento o processo de centralizaçom do poder político que se está produzindo na UE (Semestre Europeo, Pacto de Estabilidade e Crescimiento, Tratado sobre Estabilidade, Coordenaçom e Governaçom,...) outorga mecanismos de control as autoridades comunitarias e alonja cada vez mais das maos das galegas e dos galegos as decisons sobre o nosso presente e o nosso futuro.

“Condicionalidade e control” formulou Merkel com claridade, “estrito control” acrescentou Draghi, o empréstimo “nom é grátis” afirma Van Rompuy; podem estar contentos, a cesom de competências à UE que anelava Merkel avança e com ela as políticas em benefício das elites económicas.

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