Opinión

A 3 alcaldes

Três concelhos galegos (Riba d''Ávia, Monforte e Tui) assinarom em outubro do ano passado um protocolo de colaboraçom com a Cámara de Comercio e Industria España-Israel en Galicia.

Neste curso que já está a piques de rematar a plataforma BDS-Galiza (Boicote, Desinvestimentos e Sancións a Israel) deu a conhecer umha notícia que, se nom fosse porque produz vergonha e inquietude, daria para rir.

Três concelhos galegos (Riba d''Ávia, Monforte e Tui) assinarom em outubro do ano passado um protocolo de colaboraçom com a Cámara de Comercio e Industria España-Israel en Galicia (sic) para a elaboraçom dum material educativo destinado a escolares dos três municípios. Um material didáctico que "trata de afondar nunha parte importante da historia do noso País" e que, segundo informaçom facilitada polo concelho de Riba d'Ávia, estaria sendo elaborado na própria entidade corporativa por um individuo (trabalhador da cámara? experto em história galega? pedagogo?) que responde ao nome de Bilgail. No proxecto participam tamém, como haviam faltar!, o Centro Sefarad Israel e a Rede de Xuderías de España. Camiños de Sefarad, entes igualmente bem conhecidos pola sua activa participaçom na campanha Brand Israel.

"Três concelhos galegos (Riba d''Ávia, Monforte e Tui) assinarom em outubro do ano passado um protocolo de colaboraçom com a Cámara de Comercio e Industria España-Israel en Galicia"

Aos alcaldes dos três concelhos dirigiu-se BDS-Galiza em duas ocasions para solicitar informaçom sobre tam estrafalária iniciativa e mostrar o seu pasmo por se confiar a entidades vinculadas a um estado responsável de graves crimes contra a humanidade e bem merecida fama de infractor reincidente do direito internacional a elaboraçom de material educativo sobre a nossa história nacional, dirigido a crianças de entre 10 e 12 anos, a idade em que -lembram os promotores do projecto- se estabelecem os mais firmes vínculos afectivos.

Na primeira ocasiom (24 de janeiro) BDS-Galiza recebeu o silêncio como resposta unánime dos três alcaldes. Quando o 17 de fevereiro reiterou a solicitude, o alcalde de Tui, D. Moisés Rodríguez, contestou indicando que “por descontado”, “non está na vontade do Concello de Tui impulsar a través deste programa calquera tipo de actividade que non vaia de acordo cos principios democráticos e o respecto aos dereitos humanos.” 

"Por quê delegam en entidades dum estado estrangeiro que sequestra, maltrata e tortura crianças, cuja brutal ocupaçom do território da Palestina se traduz para milhares de nenos e nenas em mortes, mutilaçons, desnutriçom, orfandade e graves traumas psicológicos, a elaboraçom de materiais escolares sobre a nossa história?"

Até hoje, nengum destes três regedores foi capaz de dar resposta ao que realmente importa: por quê delegam en entidades dum estado estrangeiro que sequestra, maltrata e tortura crianças, cuja brutal ocupaçom do território da Palestina se traduz para milhares de nenos e nenas em mortes, mutilaçons, desnutriçom, orfandade e graves traumas psicológicos, a elaboraçom de materiais escolares sobre a nossa história?

Hai várias respostas a esta dolorosa interrogante que deveríamos poder descartar: Porque os três alcaldes pensam que na Galiza nom existem profissionais capazes de elaborarem materiais educativos sobre a nossa própria história e que tam delicado cometido deve ser encomendado a gente de fora. Porque pensam que as gentes galegas de fé judaica que viverom na Galiza hai sete o oito séculos estám dalgum jeito relacionadas com a multinacional sionista que practica a limpeza étnica no território da Palestina. Porque ignoram o que ali acontece. Porque som insensíveis ao drama das crianças palestinianas. Porque som parvos. Porque aprovam as políticas de ocupaçom militar, o racismo e o regime de apartheid. Porque tiram algum beneficio espúrio de tam inquietante empresa.

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