Opinión

Garzón, na Galiza nom és bem-vindo!

Depois dos acontecimentos de boicote às palestras que Baltasar Garzón tinha acordadas na Universidade de Compostela e o tratamento dado polos meios face tod@s @s estudantes que lá estávamos protestando, tildando-nos de intolerantes e fascistas e acusando-nos de coarctar a liberdade de expressom, vejo-me na obriga de escrever umhas linhas que contribuam a desmontar todas estas falácias e que deixem claro quem é o intolerante, censurador e cúmplice de torturas.

Depois dos acontecimentos de boicote às palestras que Baltasar Garzón tinha acordadas na Universidade de Compostela e o tratamento dado polos meios face tod@s @s estudantes que lá estávamos protestando, tildando-nos de intolerantes e fascistas e acusando-nos de coarctar a liberdade de expressom, vejo-me na obriga de escrever umhas linhas que contribuam a desmontar todas estas falácias e que deixem claro quem é o intolerante, censurador e cúmplice de torturas.

"Gostaria de que todos os meios de (des)informaçom que nos acusam figessem um repasso objetivo pola biografia do ex-magistrado da "Audiencia Nacional" espanhola".

Em primeiro lugar gostaria de que todos os meios de (des)informaçom que nos acusam figessem um repasso objetivo pola biografia do ex-magistrado da "Audiencia Nacional" espanhola. Um ex-magistrado que agora apela à sua liberdade de expressom para acusar de fascistas a quem impedimos as suas intervençons na universidade pública galega, mas nom lembra quando polo ano 1998, sendo ele magistrado da "Audiencia Nacional" ordenou o feche do jornal Egin e a emisora Egin Irratia, metendo em prisom a onze pessoas do seu conselho de administraçom sob acusaçom de pertença a banda armada. Finalmente no ano 2009 o Tribunal Supremo declarou nula a declaraçom de ilicitude das atividades, polas irregularidades cometidas no feche da empresa ordenado por Garzón, mas o jornal nunca reanudou as sua atividade polos problemas económicos causados polo processo.

Nom representam estes factos um feche arbitrário e um grave ataque contra a liberdade de opiniom e expressom?

Pois para Baltasar Garzón parece ser que nom, repassando na hemeroteca, nom encontro nengum artigo ou declaraçons deste senhor pedindo perdom por ter fechado de forma irregular um jornal com milhares de lectores/as e que sobrevivia sem ajudas públicas. Será que vale mais a sua palavra, a qual sim fechou muitas bocas, que a voz de todas as pessoas que nom esquecem, protestam e consideram estes factos como um ataque contra a liberdade de expressom e contra um povo?

"Nom encontro nengum artigo ou declaraçons deste senhor pedindo perdom por ter fechado de forma irregular um jornal com milhares de lectores/as e que sobrevivia sem ajudas públicas"

Por outra banda tampouco deve lembrar Garzón a condena ao Estado Espanhol, por parte do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, por nom investigar as torturas levadas a cabo contra 15 independentistas cataláns condenad@s a prissom pola sua suposta relaçom com Terra Lliure. Se bem ele se lava aos maos dizendo que a condena é contra o Estado Espanhol e nom contra a sua pessoa, nom conta que sim foi ele quem permitiu a incomunicaçom em dependências da Guarda Civil espanhola nem que utilizou as auto-inculpaçons assinadas baixo tortura como prova decisiva na instruçom do caso que rematou finalmente com estas pessoas na cadeia.

Nom representa isto umha clara vulneraçom dos direitos humanos?

Pois para Garzón volta parecer que nom, e para os medios de comunicaçom do sistema tampouco; nom se alarmam com umha clara violaçom dos direitos das pessoas detidas sob custodia policial, permitida por um magistrado da "Audiencia Nacional", mas depois alarmam-se quando umha parte do estudantado galego mais consciente nom esquece estes factos nem quem é Garzón, nem considera que com todo o seu historial de vulneraçom de direitos poda vir dar liçons de direitos humanos nem sujar a memória das vítimas do franquismo, enquanto foi membro dum tribunal herdeiro da ditadura e com um marcado caráter político.

"Considero que o boicote e as formas som as adequadas para nom dar voz na Universidade Pública a quem sim calou centos de vozes e quem permitiu e se aproveitou da tortura";

Dizer que estes som só dous casos destacados dos muitos polos que se pode acusar a esta pessoa de vulneraçom dos direitos humanos, já que por diante dele passárom dúzias de casos de tortura enquanto mirava a outro lado, ou a ilegalizaçom de partidos políticos e organizaçons juvenis da esquerda independentista basca.

Por todo isto considero que o boicote e as formas som as adequadas para nom dar voz na Universidade Pública a quem sim calou centos de vozes e quem permitiu e se aproveitou da tortura; que nom fomos @s estudantes lá convocad@s, se nom que foi ele quem desde o seu posto na “Audiencia Nacional” cumpriu o papel como peça fundamental na maquinaria repressiva do Estado Espanhol contra toda a esquerda consciente das naçons oprimidas, para calar as vozes que clamam pola liberdade dos povos. E é por isto, pola sua “boa labor” repressiva contra a esquerda revolucionária, que tanto a extrema direita como a esquerda reformista espanhola e galega saem na sua defesa e ocultam descaradamente a sua faceta repressora.

Com este episódio no que a contundência do estudantado logrou parar os pés à voz da tortura , tem-se demonstrado mais umha vez a necessidade de exercer umha prática coerente e consequente; de nada servem os discursos incendiários que rechaçam a presença do fascismo nas aulas galegas sem acompanhá-los da imprescindível resposta que, sem complexos e cobardia, denuncie e plante cara ao inimigo.

Em AGIR assim o tentamos fazer, sempre com firmeza nos princípios e prática consequente.

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