O golpe de Estado em Ribadeo

Vítimas e verdugos

A sublevaçom militar do 18 de julho de 1936 é um dos episódios da história do Estado espanhol sobre o que mais se tem escrito e discutido. A grande quantidade de trabalhos publicados serviu para rebater muitos dos mitos criados pola propaganda da ditadura e, também, para identificar umha grande parte das vítimas da violência golpista. Porém, é preciso aprofundar nas investigações. Sobretudo, em aspectos como a análise dos verdugos, que tenhem sido tratados dum jeito muito menos detalhado por parte da historiografia. 
O comandante militar de Ribadeo, Juan Aranguren.
photo_camera O comandante militar de Ribadeo, Juan Aranguren.

O estudo dos responsáveis da implantaçom da violência trás o golpe (que podemos denominar verdugos, mas também vitimários ou perpetradores) é um assunto complexo mas de extrema importáncia. Obviá-los, redunda na criaçom dum relato incompleto sobre a persecuçom, um relato muito menos polêmico, mas que deixa demasiados interrogantes no ar. 

A complexidade para a pescuda dos vitimários deriva, na nossa opiniom, de dous fatores fundamentalmente. Em primeiro lugar, de que os verdugos tendêrom, na maioria dos casos, a ocultar as suas ações, sobretudo, a partir da celebraçom dos juízos de Nuremberga, que seguírom à queda do Terceiro Reich e que se saldárom com duras condenas para alguns dos principais impulsores do terror nazista (Fernández Prieto e Míguez Macho, 2018, p. 36). 

Em segundo lugar, a identificaçom dos verdugos complica-se pola dificuldade que observamos à hora de incluir a umha pessoa dentro deste conjunto. Somos conscientes de que é possível afirmar que em todas as vilas e cidades galegas existem nomes de pessoas ligadas à barbárie, indivíduos cujas ações permitem defini-los facilmente como perpetradores da violência, ao menos num princípio.

Porém, como se costuma a dizer: nom podemos deixar que as árvores nos impedam ver o bosque e compre perguntar-nos pola importáncia quantitativa (e também qualitativa) destes sujeitos dentro do conjunto. Isto nom é um tema menor, já que o feito de nos centrar apenas nuns poucos vitimários pode estar a contribuir ao esquecimento e, por tanto, à impunidade. 

Este trabalho baseia as suas afirmações nos dados recolhidos no Concelho de Ribadeo, os quais, fôrom analisados, dum jeito mais extenso, num capítulo que publicamos dentro do livro Golpistas e verdugos de 1936. Historia dun pasado incómodo (Buxeiro Alonso, 2018). Ao igual que figemos nesta obra, no presente escrito nom temos a intençom de realizar (somente) umha investigaçom de história local, senom um trabalho de história desde o local.

É dizer, apostamos por centrar o foco para estudar realidades que adoitam obviar-se dentro das grandes análises estatísticas, mas sempre com a intençom de contribuir às explicações gerais sobre a violência golpista na Galiza e no conjunto do Estado (Hernández Burgos, 2013, p. 17). 

A nossa exposiçom parte dumha hipótese que entendemos que é necessário clarificar: ao nosso juízo nom resulta possível (e muito menos útil) definir  umha pessoa como perpetrador em termos absolutos. Assim, partimos da base de que os comportamentos humanos som complexos, cambiantes e, em muitas ocasiões, contraditórios. Ou por acaso nom é possível que o responsável dum assassinato decidisse, algumha vez, salvar a umha determinada pessoa?

Se queres ler a reportaxe completa, atoparala no Nós Diario desta cuarta feira. É parte no coleccionábel 'Os nomes do terror'. Mércao nos quiosques ou na nosa loxa online. Non deixes pasar máis días sen completar a túa subscrición!

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