Opinión

Ultraje

“España, España, bandera, bandera, un respetito, malditos rojos de mierda” canta o grande Tony Lomba. É que nom sei que cremos os separatistas-bilduetarras-bolivarianos por querermos quebrar este templo democrático. Normal que com estas “más intençons” os defensores da “libertá” nos queiram fusilar. Porque já o dizia aquele cachecol colocado estrategicamente numha grilheira: “Esto es España y al que no le guste que se vaya”. Para umha cuneta, claro.

O nível democrático é tam baixo que dias depois de fazerem-se públicas as mensagens de militares de alto escalom apelando a umha purga de milhons de pessoas e nom passar nada, o Tribunal Constitucional sentencia que o “ultraje à bandeira espanhola” nom se ampara no direito de liberdade de expressom e ratifica a condea a um membro da CIG, denunciado polo Almirante do Arsenal de Ferrol.  

E seguindo com essa alergia democrática nesta semana que governo espanhol nega, mais umha vez, a investigaçom do enéssimo caso de corruçom dos Bourbons o Supremo decide julgar novamente, polo mesmo delito, várias dirigentes abertzales após cumprirem as penas íntegras e denunciado Estrasburgo a ilegalidade da condena.

Todo atado e bem atado. A demofobia espanhola está construída sobre os pilares do fascismo e presente em todas as estruturas do regime, e quando o esquecemos aí temos juízes, militares, políticos e sobretodo a burguesia para o lembrar. Ou rutura ou valeta, nom há outra saída. Já agora, eu também cago na bandeira espanhola.

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