Opinión

Renascença Portuguesa e a Galiza

Há uns três anos tive a sorte de conhecer ao Prof. Paulo Samuel, da Fundação Engrº António de Almeida de O Porto. Foi no marco de umas jornadas que sobre o centenário da Renascença Portuguesa teve lugar em Amarante, terra de Pascoães, poeta fundamental para compreender o que é o saudosismo, figura central para também compreender as relações entre a Galiza e Portugal, nomeadamente o Norte em que o grupo Renascença trabalha pela regeneração da sociedade portuguesa, empregando a alta cultura e a educação como ferramenta elemental para sacar as populações de uma pobreza que, em muitos dos casos, chega à miséria.

O grupo Renascença emprega a alta cultura e a educação como ferramenta elemental para sacar as populações de uma pobreza que, em muitos dos casos, chega à miséria

Vai chegar o centenário das nossas Irmandades da Fala, alicerce do nacionalismo galego e movimento que fez possível a Galiza atual. E as conversas com o Prof. Paulo Samuel levam a revisitar o que foram as relações Galiza-Portugal, em que as Irmandades da Fala desenham uma estratégia que transcende o simples âmbito cultural. 

Todos os que, de forma mais ou menos contínua, trabalhamos aspetos diferentes das relações aquém/além Minho ou Raia Seca, às vezes sem saber somos devedores de um legado ideológico esboçado por intelectuais que souberam reconhecer os elementos que identificam os povos do NO da Península e uma valorização em positiva de ditos elementos como base de uma nova relação entre os povos da Ibéria,

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