Un día após facerse oficial que 2020 a Real Academia Galega dedicará o Día das Letras a Carvalho Calero, a Fundaçom Artábria lembra que foi en 2007 cando a entidade difundiu a primeira campaña explícita para reclamar a homenaxe ao ferrolán, “aí começou também a série consecutiva de negativas explícitas da Real Academia Galega a essa e a cada umha das petiçons que posteriormente realizárom outras entidades do país”.
“Sabíamos que era questom de tempo que a RAG se visse obrigada a assumir a homenagem que o povo galego deve a um dos seus grandes filhos: o Carvalho antifascista, republicano, nacionalista, literato, ensaísta e defensor da nossa língua, com umha perspectiva inequivocamente reintegracionista”, afirma a entidade nun comunicado.
A elección do intelectual chega “com vinte anos de atraso"
A fundación pon de manifesto que a elección do intelectual chega “com vinte anos de atraso, pois foi a partir do ano 2000, dez anos depois do seu falecimento, que a dedicatória do Dia das Letras se podia ter produzido. O sectarismo da RAG impediu-no”.
Nesa mesma liña, Artábria carga contra os “setores acobardados e oportunistas do oficialismo cultural” e critica que a Academia xustificase os non a Carvalho co feito de o pobo galego “nom estar preparado para unha homenagem a un vulto tam polémico”.
Así, a entidade apunta nada ter que agradecer á RAG, “que deverá acrescentar à sua história a vergonha de negar durante duas décadas a homenagem devida a Carvalho Calero, polo simples facto de ser reintegracionista”. Conclúe o comunicado apelando á “defesa do legado intelectual de Ricardo Carvalho Calero”.