Bolsonaro propõe novas leis para delinquentes "morrerem nas ruas como cascudas"

O presidente ultra do Brasil defende uma nova legislação que alargue os casos em que os membros das forças de segurança sejam inimputáveis quando usarem armas de fogo.
Bolsonaro
photo_camera Bolsonaro, após ser esfaqueado durante a campanha eleitoral. O ataque está ainda a ser investigado.

A proposta de Bolsonaro ao Congresso é que se expanda a aplicação da norma chamada excludente de ilicitude, isto é, que se classifiquem como atos não imputáveis determinadas ações armadas das forças de segurança.

"Esses caras [delinquentes] vão morrer nas ruas igual a barata [cascudas] e assim tem de ser", disse o dirigente ultra.

Porta-voces de associações em prol dos direitos humanos têm já reagido contra esta nova iniciativa de Bolsonaro. "Vão já 411 pessoas mortas por policiais militares em São Paulo este 2019. É o numero mais alto desde 2013. Bolsonaro está a encorajar esta violência e finda por ser um instigador da brutalidade", disse a The Guardian o advogado e activista Ariel de Castro Alves.

Os últimos dados disponíveis quanto ao Rio de Janeiro, são do mês de abril, indicam que as mortes a mãos de agentes do Estado cresceram em 23%.

Nada disso parece suficiente a olhos de Bolsonaro. O político que se impôs ao petista Fernando Haddad nas eleições de outubro de 2018 considera que os policiais lidam uma batalha desigual contra os criminosos e que, por isso, têm de ter uma maior cobertura legal que os faça na prática invioláveis por parte dos tribunais de justiça.

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