Opinión

Acosso

[Nemésio Barxa]

Mais alá da Covid e das suas consequências vitais, sanitárias, econômicas e de lideiras políticas, a vida segue com todas as eivas e problemas que nos afligiam antes do andaço. Alguma delas, como o acosso escolar, minimizado antes, agrava-se agora ao ser ignorado polos poderes públicos e incluso questionado por políticos, Conselherias de Educação e Ministério público. As suas consequências não são inferiores às do próprio andaço: psicológicas, físicas, de abandono escolar, sequelas de por vida e incluso de suicídio. Num recente programa de TV-1 sobre o tema com ex acossadores, ex acossados, professores e diretores de centros de ensino, pais de alunos e organizações de ajuda, mostrava a magnitude do problema e a angústia dos afetados e do seu entorno.

Punham o dardo na insensibilidade dos próprios centros educativos e, segundo se ia subindo na escala, do professorado à direção e depois ao estamento político das Conselherias do ramo, que tratavam de tapar, de ignorar ou incluso desacreditar os feitos denunciados e os denunciantes; e já não digamos a indiferença das Fiscalias de Menores, praticamente únicas que podem intervir no campo da Justiça, pois ao aplicar a Lei do Menor (de urgente reforma) ou não tem relevância sancionadora polos Julgados ou as penas são realmente ridículas. Imprescindível mobilizar a consciência cidadá.

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