Opinión

Acordo do Conselho de Ministros de Agricultura da UE sobre a crise do leite

O acordo do Conselho de Ministros de Agricultura da UE celebrado este 7 de Setembro reafirma a orientaçom das últimas reformas da PAC


O acordo do Conselho de Ministros de Agricultura da UE celebrado este 7 de Setembro reafirma a orientaçom das últimas reformas da PAC: liberalizaçom do mercado lácteo. Os ministros de agricultura dos Estados-Membros da UE nom se questionam as orientaçons que levárom a esta crise de preços no sector lácteo. Ao contrário insistem nessas orientaçons chegando a afirmar que os acordos de livre comércio que está negociando a UE, entre eles a Parceria Transatlántica de Comércio e Investimento com os Estados Unidos, podem resultar positivos para o sector. Nada mais longe da realidade: sabemos que é precisamente a abertura do mercado comunitário aos mercados internacionais a que explica em boa medida a crescente instabilidade dos últimos anos no mercado lácteo e a recente crise de preços. Evidentemente, da proposta da ministra espanhola de incrementar o preço de intervençom do leite magro em pó, nada de nada, todo fume do governo popular.

O comunicado sobre o acordo do Conselho de Ministros inclui um pacote de 500 milhons de euros. Sem embargo, ao contrário do que informam alguns meios de comunicaçom, nom se trata duns fundos para o sector lácteo, senom que também se incluim outros sectores, embora se especifique que o lácteo seja o principal beneficiário. O acordo nom concreta a que se destinarám estes fundos  nem o reparto dos mesmos. Conhecemos, nom obstante, perfeitamente que a distribuiçom atual de fundos da Politica Agrária Comum longe de favorecer a aquelas exploraçons que mais o necessitam acabam favorecendo, na maioria dos casos, a quem menos o necessita. 

Da proposta da ministra espanhola de incrementar o preço de intervençom do leite magro em pó, nada de nada

Polo demais o acordo contempla o adianto dumha parte das ajudas da PAC em vigor. Umhas ajudas que como é sabido estám vinculadas ao tamanho e polo tanto discriminam ao sector lácteo galego. Também menciona um amplo conjunto de medidas já existentes na sua maioría é que venhem demostrando a sua incapacidade para fazer frente às crises de preços, embora podam ser positivas para outros fins.

Em definitiva, mais um acordo do Conselho de Ministros de Agricultura da UE que nom afronta as causas da crise de preços do leite: o desmantelamento dos mecanismos de intervençom públicos e a abertura do mercado comunitário aos mercados internacionais, e a desigualdade de poder de negociaçom entre os agentes da cadeia láctea (exploraçons-indústria-distribuiçom).

Este acordo nom nos deve fazer esquecer que noutros Estados-Membros a crise de preços nom alcança a gravidade que tem no Estado Espanhol, particulamente na Galiza, pola existência de acordos entre os agentes da cadeia impulsados polos diferentes governos estatais. No Estado Espanhol o Ministério nom foi quem de atuar até agora nesse sentido e deriva responsabilidades cara Bruxelas. Na Galiza a conselheira, como quem espera a chuva do ceu, limita-se a a saudar as altas das subastas celebradas em Nova Zelândia.

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