Salário mínimo francês subirá dois por cento

O ministro do Trabalho e Emprego da França, Michel Sapin, confirmou um aumento do salário mínimo de dois por cento, considerado insuficiente pelos sindicatos e demasiado elevado pelo setor patronal.

De acordo com o titular, na próxima quarta-feira será apresentado o projeto perante o Conselho de Ministros e a medida entrará em vigor no próximo dia 1 de julho.

Em média 10 por cento dos empregados recebem aqui o salário mínimo, ainda que esse número varie segundo as atividades, como ocorre no turismo e no ramo da confecção, nos quais o índice se eleva a 36 e 28 pontos, respectivamente.

O Partido Comunista Francês (PCF) lamentou o valor do incremento, que não consegue a diminuir a brecha entre os menores e os maiores rendimento, os quais hoje estão em uma proporção de 1 para 20.

"O salário mínimo é uma grande conquista social que, após cinco anos do governo de Nicolás Sarkozy, merecia mais de dois por do cento anunciado", assegura o texto.

Essa porcentagem significa um rendimento líquido adicional de 21,5 euros para um trabalhador em período completo, o que é equivalente, segundo o PCF, a uma entrada de cinema a preço reduzido.

A central sindical Força Operária pedia um aumento de cinco por cento para compensar o índice de inflação e deixar um remanescente às famílias que lhes permitisse melhorar sua qualidade de vida.

Pelo lado oposto, as organizações patronais acusaram ao governo de aumentar o desemprego com o aumento de salários.

O Movimento de Empresas da França (Medef) disse que o impacto será maior nos pequenos negócios onde não haverá capacidade de se criar novas fontes de trabalho.

Segundo o Medef, a falta de competitividade das empresas francês se deve ao elevado custo da mão de obra, uma tese refutada pelas organizações sindicais.