Enchem a ponte 25 de Abril contra a exploração e o empobrecimento do povo português

A CGTP mobilizou centos de milhares de trabalhadoras e trabalhadores em Lisboa contra o empobrecimento e a exploração que, afirmam, suporão os Orçamentos de Estado para 2014. O protesto foi tambén resposta às agressões do governo de coligação luso após a manifestação ser desautorizada pelo executivo de Passos Coelho.

Marcha pela ponte 25 de Abril
photo_camera Marcha pela ponte 25 de Abril [Imagem: CGTP]

Milhares de operári@s portugues@s saíram à rua o passado sábado dia 19 de outubro para mostrarem o seu rejeitamento às contas que o governo de coligação quer aprovar para o vindouro ano 2014. 

Convocad@s pola CGTP-IN centos de carros, autocarros e motociclos colapsaram a emblemática ponte 25 de Abril e exigiram a demissão do governo luso.

A manifestação pôde finalmente desenvolver-se embora fosse em primeira instância desautorizado o seu percurso pela ponte. Desde o PCP, o secretário geral Jerónimo de Sousa, afirmou que a marcha foi "uma afirmação de resistência perante a tentativa ilegítima de cercear liberdades fundamentais". 

A convocação feita pela CGTP visou dar resposta à iminente votação na Assembleia da República dos Orçamentos de Estado para 2014. Umas contas, denunciam desde o sindicato, "feridas de inconstitucionalidade" que as torna inábeis para serem aprovadas.

Orçamentos "ilegais"

Cumpre lembrar que o passado ano, o Tribunal Constitucional declarou contrários a direito uma parte importante dos cortes previstos polo governo e exigiu a derrogação de alguns dos artigos incluídos na lei de Orçamentos, nomeadamente os cortes nas pensões e nos subsídios de férias d@s trabalhadores públic@s. 

Neste senso, Arménio Carlos, secretario geral da CGTP, qualificou de "ilegal" o projeto orçamentário do governo de coligação e chamou a se mobilizar de novo o 1 de Novembro, coincidindo com a possível sessão parlamentar de debate dos Orçamentos. 

O governo luso procura continuar adiante com as políticas de "austeridade" impostas pela Troika e reduzir ainda mais os salários e pensões "enquanto beneficia desavergonhadamente os grandes grupos económicos e financeiros", denunciam desde a CGTP. Assim, exigirão a demissão do governo, ao que gritarão: "é hora de ir embora".

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