25 DE ABRIL

Os Capitães, "insubmissos" ao 25 institucional

Pela primeira vez a Associação 25 de Abril não participou nas comemorações oficiais do 25 de Abril, ao considerar que “a linha política seguida pelo actual poder político deixou de reflectir o regímen democrático herdeiro” daquela data.
O cravo, símbolo do 25
photo_camera O cravo, símbolo do 25

Acompanhado de militares de Abril, Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, leu esta semana o manifesto “Abril não desarma”, anunciando: “O poder político que actualmente governa Portugal configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores. Em conformidade, a Associação 25 de Abril anuncia que não participará nos actos oficiais nacionais evocativos do 38º aniversário do 25 de Abril”, segundo relata esquerda.net. O manifesto esclareceu que a associação sim que ía participar nas comemorações populares e outro atos locais de celebração” da revolução de 1974, assim como “continuará a evocar e a comemorar o 25 de Abril com uma perspetiva de festa pela acção libertadora e com uma perspectiva de luta pela realização dos seus ideais, tendo em consideração a autonomia de decisão e escolha dos cidadãos, nas suas múltiplas expressões.”

O citado manifesto refere também que “as medidas e sacrifícios impostos aos cidadãos portugueses ultrapassaram os limites do suportável, salienta que “Portugal é tratado com arrogância por poderes externos”, algo que os actuais governantes “aceitam sem protesto e com a auto-satisfação dos subservientes”. No manifesto declara-se ainda que “Portugal não tem sido respeitado entre iguais, na construção institucional comum, a União Europeia”, pelo que o seu “estatuto real é hoje o de um 'protectorado', com dirigentes sem capacidade autónoma de decisão”.

Num inquérito na web do jornal Público, mais do 61 por cem dos participantes apoiabam o posicionamento da Associaçao 25 de Abril

Pola súa parte, e nas comemorações do 38 aniversário do 25 de Abril, o deputado Agostinho Lopes decretou durante a súa intervençao em representaçao do Partido Comunista (PCP) que “não há política”. “Não há opções e escolhas políticas e ideológicas. A política passou a ser uma tecnologia, uma moral, uma engenharia eleitoral”, afirmou. E Portugal, acrescentou, foi transformado “numa enorme junta de freguesia”.

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