PCP e Bloco salientam a "brutal" derrota da direita nas autárquicas

PCP mostra-se vitorioso pelo aumento da sua representação nas autárquicas e advoga pela "conquista de novas maiorias", enquanto o Bloco salienta a derrota "brutal" e "generalizada" da direita.

Cuadro tirado do Publico.pt
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Os líderes do PCP e Bloco enfatizaram em suas avaliações, após conhecerem os resultados eleitorais, a queda do apoio ao governo de Passos Coelho. Embora o PSD recusou que as eleições autárquicas fossem extrapoláveis à política nacional, a verdade é que os resultados a respeito das eleições de 2009 representam uma forte pancada para a coligação no governo.

PCP exige a demissão do Governo

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse que a votação obtida pela CDU - coligação do PCP e Os Verdes - "constitui um fator de confiança e esperança de que é possível um outro caminho e um outro rumo" . @s comunistas veem nos seus resultados nas autárquicas "um estímulo para a luta" e acrescenta ainda que contribuirão para a "concretização de uma política alternativa".

Desde o PCP estão cert@s de que a votação tem uma leitura nacional, embora o PSD o negue: "traduzem o isolamento dos partidos do Governo". Neste senso, instam a coligação que dá suporte a Passos Coelho -PSD e CDS-PP- a demitir-se com urgência.

Jerónimo de Sousa amostrou sua satisfação pelos apoios obtidos e salientou o “significativo reforço da percentagem eleitoral” da CDU que para o PCP supõe a “confirmação da generalidade das posições de maioria e a conquista de novas maiorias”, onde se incluem duas capitais de distrito recuperadas: Évora e Beja que se sumam a Loures, Grândola, Alcácer do Sal, Alandroal, Cuba, Vila Viçosa, Monforte e Silves. 

Bloco: o Executivo fica mais instável

Por sua parte, o porta-voz do Bloco, João Semedo, disse que os resultados das autárquicas foram "a derrota da política da austeridade e do memorando da troika". Ao mesmo tempo, afirmou Semedo, a queda de apoio ao PSD deixa o executivo "mais instável". "Este governo sai de eleições com dois apoios: o Presidente da República e da troika, a quem se agarra como um náufrago a uma tábua de salvação", sublinham desde o Bloco.

A formação, que assumiu a derrota em Salvaterra, considerou que obteve também "resultados positivos", como a eleição de vereador@s em câmaras onde antes o Bloco não tinha representação como Torres Novas, com a eleição de Helena Pinto, e Portimão, com a eleição de João Vasconcelos.

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