Paulo Portas volta ao governo de Portugal com poderes alargados e mando pleno em economía

Portas é vice-primeiro-ministro com coordenação económica, troika e reforma do Estado. Acordo prevê coligação PSD-CDS nas eleições europeias.

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No final da tarde deste sábado, depois de uma maratona de dias de reuniões entre os dois partidos e com Cavaco Silva, Passos Coelho anunciou ao país a “fórmula” que permitira sair da crise de governo que os próprios partidos da coligação criaram depois da demissão “irrevogável” de Paulo Portas do governo. Assim, Paulo Portas mantém-se no governo como vice-primeiro-ministro, com a responsabilidade da coordenação da área económica do governo e das relações com a troika. A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, responsável por contratos financeiros ruinoso e que Paulo Portas não aceitaria, mantém-se no governo que deve ter um novo ministro da Economia e ainda outras alterações não anunciadas.

“Paulo Portas lançou OPA hostil sobre a coligação”, afirman desde a esquerda. “E ganhou”, apontam.

 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou neste sábado que o novo acordo de coligação entre o PSD e o CDS prevê a subida de Paulo Portas ao cargo de vice-primeiro-ministro, com a responsabilidade da coordenação das políticas económicas, o relacionamento com a troika e a reforma do Estado.

Com Paulo Portas à sua direita e em silêncio, Passos Coelho confirmou também que Maria Luís Albuquerque se mantém como ministra de Estado e das Finanças. Mas, ao dar ao líder do CDS-PP a coordenação económica e o relacionamento com os credores da troika, coloca-o acima da governante, cuja escolha determinou o seu pedido de demissão na terça-feira.

O primeiro-ministro anunciou também que o acordo prevê outras alterações significativas na orgânica interna do Governo, embora o primeiro-ministro não tenha revelado quais.

Europa, sim senhora

Outra novidade anunciada por Passos Coelho é que os dois líderes se comprometeram a apresentar um "manifesto comum de política europeia" que os deverá levar a definir linhas comuns de entendimentos sobre crescimento económico da União e reforma das instituições comunitárias. E que deverá culminar com a apresentação de listas conjuntas às próximas eleições europeias, em Maio de 2014.

Na declaração lida pelo presidente do PSD é também dito que os dois partidos chegaram a um "acordo sólido e abrangente", que diz ser capaz de "assegurar a estabilidade e ultrapassar a situação política delicada dos últimos dias".


Tirado de Esquerda.net e Público.pt

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