Participação histórica na eleição de delegad@s para a IX Convenção Nacional que o Bloco de Esquerda vai realizar no pavilhão do Casal Vistoso em Lisboa os vindouros 22 e 23 de novembro, esta fim de semana. Votaram 2653 aderentes, a maior participação de sempre numa eleição deste tipo no Bloco.
Das cinco moçoes (documentos político-organizativos) aprensentadas a debate duas delas obtiverom uma vantagem considerável a respeito das outras. A máis votada foi a moçao E, ‘Bloco plural, fator de viragem’: aglutina a corrente Esquerda Alternativa à qual pertencem quatro dos oito deputados do BE na Cámara portuguesa, entre eles o porta-voz parlamentar e impulsor desta moção Pedro Filipe Soares. Atingiu 262 delegad@s. Chamam para “recuperar a identidade do Bloco de Esquerda num novo contexto político” e denunciam que a organização teve uma “linha política e incoerente” que afastou “muitas pessoas”.
O possível
Um total de 256 delegad@s obtivo a moção U, ‘Moção unitária em construção’. Os atuais coordenadores do Bloco de Esquerda Catarina Martins e Joao Semedo são as figuras mais conhecidas desta linha. Reconhecem que o Bloco “atravessa dificuldades que cumpre ultrapassar” e que há uma perceção estendida dentro e fora da organização de que a ação institucional tem um “peso esmagador” no conjunto do partido. No documento salientam a prioridade da mobilização social e acreditam que “no país de abril, um novo levantamento social é possível”.
A proposta que convida a “se refundar num movimento que resgate da burocratização” o Bloco obteve 44 delegad@s. É a moção B, ‘Refundar o Bloco na luta contra a austeridade’, muito crítica. Afirma que o BE atravessa “o momento mais crítico desde a sua fundação”.
38 som os representantes que conqueriu para o IX Congreso a moção R (‘Reinventar o Bloco’) Os e as defensoras desta proposta põem sobre a mesa o debate sobre o produtivismo e a esquerda, afirmam que nestes anos o Bloco de Esquerdas “é visto” pela gente “como um partido igual ao resto” e chamam para “se afastar do fetiche silencioso do Partido Socialista”. E 8 foram as e os delegados obtidos pela moção A (‘Uma resposta de esquerda’), um documento chama para um diálogo do Bloco com toda a esquerda, “sen exclusões” e insta a formação a pôr “condições mínimas para apoiar ou participar num projeto de governo” que se preocupe “mais pela vida das pessoas que pela afirmação do seu acantonamento”.
A credenciação dos 617 delegados inicia-se às 9h30 da manhã de sábado.
