CGTP apela à mobilização proibida pelo governo na ponte 25 de Abril

A manifestação de sábado dia 19 na ponte 25 de Abril vai manter-se e a CGTP, intersindical convocante, apela “à mobilização e participação”. O governo proibiu a marcha.

Ponte 25 de Abril
photo_camera Ponte 25 de Abril

Face à proibição da passagem de manifestantes a pé na ponte 25 de Abril, a central sindical decidiu manter o protesto a partir das 15h de sábado dia 19, apelando a que "seja expresso um forte, sonoro e vibrante protesto" na travessia rodoviária da ponte. O Governo proibiu travessia a pé, mas CGTP garante o protesto sobre rodas vai mesmo passar na ponte 25 de Abril.

“O tiro vai sair pela culatra ao governo. No sábado, a ponte 25 de Abril vai encher-se de homens e mulheres que não se resignam nem vergam perante as manobras do governo” dis o coordenador do Bloco de Esquerda,  João Semedo

“A segurança serviu de pretexto ao governo para fazer aquilo que lhe está na massa do sangue: limitar, desrespeitar, violar os direitos dos trabalhadores, seja na contratação, nas empresas ou nas ruas, negando os direitos conquistados com a democracia e que a Constituição consagra”, sinalou Semedo depois duma semana de confronto com o governo pela  mobilização.

A mobilização será o próximo sábado em Lisboa e no Porto, atravessando o Tejo e o Douro.

O cancelamento da travessia a pé da ponte 25 de Abril foi anunciado após o Governo se ter mostrado irredutível na proibição da manifestação, invocando um conjunto de razões de segurança que nunca foram levantadas noutras  iniciativas de tanto ou maior risco, como as maratonas que se realizam na Ponte 25 de Abril. 

A CGTP “apela à mobilização e participação de todos na travessia da ponte 25 de Abril, num protesto rodoviário forte, vibrante e de enorme vivacidade até à concentração final em Alcântara", aponta a central em comunicado. A CGTP afirma que a proibição da travessia a pé é "uma decisão de natureza estritamente política".

A intersindical garantiu que vai “continuar tranquilamente a organizar a manifestação de dia 19”. “Não vamos entrar em especulações nem dramatizações”, referiu Arménio Carlos da CGTP que denunciou “veto político” á marcha. 

A CGTP "reafirma a importância das Marchas nas pontes 25 de Abril e do Infante" e exorta, em comunicado, "a uma grande mobilização dos trabalhadores, pensionistas, reformados, desempregados e da população em geral, como forma de responder à ofensiva sem precedentes que está a atingir os trabalhadores e o Povo Português".

.Informação tirada de esquerda.net

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