A reintrodução dos subsídios de Férias e Natal está a enfrentar o governo de Passos Coelho com as organizações da esquerda portuguesa. O executivo tinha afirmado que os subsídios seriam repostos a partir de 2015 a razão de 25% ao ano, mas em recentes declarações do ministro das Finanças deixou no ar a proposta como uma hipótese de trabalho a depender da situação orçamental.
O secretário-geral do PCP denunciou o executivo de Coelho de estar a manter "un projeto de afundamento do país" em que o pedido para a cidadania de pequenos sacrifícios troca em uma realidade de miséria a longo prazo.
Também o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã criticou as declarações do ministro das Finanças que, a seu ver, tiram ao governo toda a credibilidade. "Hoje já toda a suspeita que as pessoas têm quando alguem nos diz que daqui a sete anos devolverão o que tirámos, se percebe que é quáse dizer no futuro pode ser que sim,pode ser que não, é como se fosse uma lotaria", disse Louçã. . Espera que seja o Tribunal Constitucional que tenha a palavra a respeito do que considera um direito da classe trabalhadora portuguesa. O Bloco de Esquerda vai lutar "pelas sua devolução integral para que o re-equilíbrio das contas públicas não seja feito com a desgraça das pessoas nem com a perda do salário".
