Há pouco mais dum ano os confrontos entre a Frelimo e a Renamo eram militares. Hoje serão eleitorais, com clara vantagem quanto às opções de vitória para o partido-movimento que conquistou a independência do país ainda a uma altura tão recente como 1975.
Mas a campanha esteve longe de se ter desenvolvido sem incidentes e os episódios de violência foram muito frequentes, nomeadamente nas províncias de Gaza, Sofala e Nampula.
As que irão decorrer esta quarta feira são umas eleições chave para esclarecer o futuro do país, marcado basicamente por dois traços. O primeiro, o debilitamento da hegemonia histórica da Frelimo, penalizada por casos de corrupção, diferenças internas e por que as condições de vida do povo não acabam de melhorar. O segundo, a perspetiva de desenvolvimento do país associada a recursos naturais ainda por explorar maciçamente, entre eles o gás natural, o petróleo e o carvão.
As e os moçambicanos não só elegem hoje o presidente da República, mais também o Parlamento nacional e as assembleias provinciais.