Estudantes de português em Estremadura, 6.049; na Galiza, 2.149

O PP votou esta quinta feira contra uma iniciativa do BNG que tencionava garantir o ensino do português em todos os centros educativos.

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photo_camera Um aspecto do IES Sangriña (A Guarda), um dos liceus galegos em que se ministram aulas de português

O alvo da iniciativa era dar cumprimento ao disposto na ILP Paz Andrade, aprovada no seu dia por unanimidade. Isso é o que levou Olalla Rodil (BNG) a formular uma proposição não de lei na comissão de Educação e Cultura do Parlamento. Debateu-se esta quinta feira. Rodil lembrou a "obriga" -a ILP é já lei- que vincula a administração e que tem de resultar na incorporação "de maneira progressiva" da aprendizagem do português no ensino regrado.

A julgar polos dados oferecidos por Rodil a progressividade avança lentamente: em 2014/2015, o portugués ensinava-se em 32 centros, 900 estudantes; em 2015/2016, 55 centros e 1.600 estudantes; em 2016/2017: 59 centros e 2.149 estudantes. Desde que foi aprovada a lei, ilustrou a deputada, o aumento apenas atingiu 1,4 por cento. Nada a ver com os 6.049 estudantes de Estremadura, cujo governo regional promove a língua lusa desde há anos.

Para avançar a un maior ritmo é preciso, defendeu Rodil, ir a uma convocação de professorado de português nas oposições de 2018, "em condições de igualdade com as demais línguas estrangeiras que se ministram na Galiza".

A ausência de professorado específico está a ser suprida com o recurso do "voluntariado" de professores de língua galega que se oferecem a ministrar aulas da língua de Camões durante as horas livres. Isso não teria jeito, argumentou. A aprendizagem de português na Galiza "não pode recair no voluntarismo", concluiu.

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