O brasileiro Dalton Trevisan distinguido com o Prémio Camões

O autor de O Vampiro de Curitiba foi distinguido, por unanimidade do júri, com o Prémio Camões, o mais relevante da língua portuguesa. O misterioso escritor do Brasil é significado em especial pelos seus contos.
Dalton Trevisan por Netto
photo_camera Dalton Trevisan por Netto


Instituído em 1988 pelos governos de Portugal e do Brasil, o Prémio Camões está considerado o mais prestigioso da língua portuguesa. Um júri composto por Alcir Pécora e Silviano Santiago do Brasil, Rosa Martelo e Abel Barros Baptista de Portugal, Ana Paula Tavares de Angola, João Paulo Borges Coelho de Moçambique reconheceram por unanimidade a obra de Dalton Trevisan nesta 24.ª edição do Prémio.

O Anão e a Ninfeta publicado no passado ano, é o último título dum autor que tem na sua mais recente obra títulos como "Vozes do Retrato - Quinze Histórias de Mentiras e Verdades, O Maníaco do Olho Verde , Violetas e Pavões ou Desgracida entre outras.
O passado ano o prémio distinguiu o poeta Manuel António Pina, o décimo primeiro dos portugueses em serem merecedores do galardão. Dalton Trevisan é o décimo brasileiro que recebe o Camões, uma vez que vultos da literatura brasileira como Jorge Amado, Rubem Fonseca ou Lygia Fagundes têm já o reconhecimento à sua carreira literária.

Nascido em Curitiba em 1925, Trevisan é considerado um dos melhores contistas do Brasil e a sua figura aparece sempre rodeada dum ar de mistério já que o escritor rejeitou durante muito tempo aparecer em público. Sem conceder entrevistas, sem apenas imagens do seu rosto, assinando os livros com o nome de “D.Trevis”, o autor mereceu ser chamado como O Vampiro de Curitiba, título de uma das suas mais conhecidas obras.

Máis en Letras e Ideas
Comentarios