Portugal vai fazer parte da Rota da Seda através do porto marítimo de Sines, uma ponte "entre Ásia e Europa", segundo a expressão empregue pelo primeiro ministro luso, o socialista António Costa.
O envolvimento de Portugal na Rota da Seda —que se vai veicular através da assinatura dum acordo de cooperação, e não de integração— vai ser, porém, mais abrangente do que o de Espanha.
Não é por acaso que Beijing considere Lisboa uma peça importante na sua política de expansão no continente europeu. De acordo com os últimos dados, Portugal concentra proporcionalmente o maior nível de investimento chinês no âmbito da União Europeia, a alcançar 5 por cento do PIB luso nos últimos cinco anos.
China não só porá dinheiro no porto de Sines, mais também investirá num programa conjunto com Portugal —50 milhões de euros cada um dos parceiros— para o lançamento de satélites low cost.
Após seu encontro desta terça feira com o presidente da República portuguesa, e numa breve comparecência perante os meios sem direito a perguntas, Xi Jinping voltou a defender o "multilateralismo e o comércio livre" como políticas que neste momento defrontam a China com os EUA de Trump.
Por parte lusa, Marcelo Rebelo de Sousa também se pôs do lado contrário ao proteccionismo, mas ao tempo enfatizou que seu país tem "instituições e aliados" distintos dos chineses.