Já disse Manuela D'Ávila, a candidata a vice polo Partido Comunista do Brasil no ticket eleitoral que encabeça Fernando Haddad, que a campanha de Bolsonaro estava a ser a mais suja da história recente do país e que devia ser investigada a origem do dinheiro que banca o espalhamento na rede de mentiras contra o candidato petista.
A denúncia de D'Ávila teria todo o sentido à luz da informação publicada nas últimas horas pela Folha de São Paulo segundo a cal empresários próximos a Bolsonaro teriam gasto até três milhões de euros para espalharem informação, muita dela falsa, através do WhatsApp, a rede favorita do aparato de propaganda do Partido Social Liberal. E favorita não por acaso, senão porque é a mais dificilmente perseguível do ponto de vista judiciário ou policial (porque as suas mensagens podem ser criptografada).
A reação do PT foi imediata e Haddad anunciou que levaria o conteúdo desta notícia à justiça eleitoral.
Peritos consultados pela Folha de São Paulo entendem que Bolsonaro deve ser investigado e que poderia vir a ser punido se se demostrar que foi beneficiado.
Pode vir a ser punido quer por financiamento ilegal —todo dinheiro gasto na campanha precisa ser declarado— quer por se beneficiar do espalhamento de fake news pelo seu aparato de propaganda. A punição poderia resultar, no limite, na anulação da candidatura —se a sentença chegar antes de 28 de outubro, dia em que se irá realizar o segundo turno— ou do mandato —se a resolução judiciária se produzir já com Bolsonaro à frente da presidência.