A Serra d’Arga excluída da prospeção de lítio

O presidente socialista da Câmara de Caminha, Miguel Alves, disse em conversa com a LUSA que “a retirada da Serra d’Arga das áreas de prospeção de lítio é uma boa notícia” para aquele município e para todo o Alto Minho

litio

O presidente socialista da Câmara de Caminha, Miguel Alves, disse em conversa com a LUSA que “a retirada da Serra d’Arga das áreas de prospeção de lítio é uma boa notícia” para aquele município e para todo o Alto Minho, mas, embora se congratularem com a decisão do Governo de retirar a Serra d’Arga do concurso para a prospeção de lítio, essa exclusão não impede continuar a contestar o projeto noutras zonas limítrofes. É o que asseguram os presidentes das Câmaras de Caminha e Ponte de Lima e os protestos vão continuar até lograr que projeto seja reconsiderado noutras zonas próximas.

Foi na quarta-feira, numa audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, que o ministro do Ambiente e da Transição Energética anunciou ter sido decidido retirar do concurso para a prospeção de lítio, os sítios da Rede Natura 2000.

“Já é público o que vou dizer. Na análise e discussão que está a ser feita pelas autarquias vamos retirar também os Sítios da Rede Natura 2000, que é exatamente a Serra d’Arga”, afirmou Luís Pedro Matos Fernandes na resposta à interpelação da deputada do PSD eleita pelo distrito de Viana do Castelo, Liliana Silva.

Matos Fernandes acrescentou ainda que durante o exercício do Governo PSD/CDS foram “aprovados três contratos de prospeção para a Serra de Arga” e que, “na altura, ninguém ficou incomodado com isso”.

Continuar a se opor

“Temos de nos continuar a opor”, disse Victor Mendes, Presidente da Câmara de Ponte de Lima, destacando que, na quarta-feira, a Câmara que preside aprovou, por unanimidade, um parecer desfavorável à prospeção e pesquisa de lítio na Serra d’Arga, no âmbito de uma audição da Direção-Geral de Energia e Geologia.

Ponte de Lima, Viana do Castelo e Caminha fazem parte de um projeto intermunicipal, intitulado “Da Serra d’Arga à Foz do Âncora”, que pretende alcançar a classificação da Serra d’Arga como Área Protegida, única forma de travar aquele projeto de prospeção de minerais e reforçar o seu caráter único enquanto ativo territorial e produto turístico emergente.

O projeto intermunicipal incide sobre este território num total de 4.493 hectares, totalmente inserida na sub-região do Alto Minho, e visando a conservação da flora e da fauna com o objetivo de o classificar como Sítio de Importância Comunitária da Rede Natura 2000 Serra d’Arga.

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