O Senado brasileiro deu credibilidade às pesquisas feitas pelo Tribunal Supremo contra Dilma Rousseff por pretensamente mascarar as contas públicas do país e disfarçar o défice do Estado, para se apresentar às eleições de 2014 nas melhores condições políticas possíveis.
Bastava que dois terços do Senado -um total de 54 votos- votassem contra Rousseff para esta ser afastada do seu cargo de forma definitiva e para, portanto, assumir já como definitiva a presidência o que fora o seu vicepresidente, Michel Temer.
O PT, a própria Dilma Rousseff e a grande maioria da esquerda latinoamericana consideram que o impeachment é uma operação política, un golpe de Estado para a oligarquía brasileira recuperar o controle do país.
Si prospera golpe parlamentario contra gobierno democrático de @dilmabr, Bolivia convocará a su embajador. Defendamos la democracia y la paz
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 30 de agosto de 2016
O Senado submeteu também à votação a hipotética inabilitação de Rousseff para cargo público pelos próximos 8 anos. Desta volta, o resultado foi favorável para a líder do PT, ao não chegarem os votos contrários aos dois terços: 42 senadores a favor de lhe tirar os direitos políticos, 36 em contra e duas abstenções.
Ao não ter sido inabilitada, Rousseff mantém as suas opções de tentar um novo assalto à presidência do país, embora o favorito do PT para se apresentar em 2018 é o líder histórico do partido, Lula da Silva.