Não há maioria no Senado para a sua inabilitação

Rousseff, afastada definitivamente da presidência do Brasil

61 votos a favor da destituição da política do PT como presidenta face apenas 20 em contra. Em troca, a líder do PT mantém os seus direitos políticos: não houve maioria suficiente para a inabilitar por espaço de 8 anos. "É o segundo golpe de Estado que enfrento na vida", disse Dilma, fazendo um paralelismo com a ditadura militar.

Dilma Rousseff
photo_camera Dilma Rousseff

O Senado brasileiro deu credibilidade às pesquisas feitas pelo Tribunal Supremo contra Dilma Rousseff por pretensamente mascarar as contas públicas do país e disfarçar o défice do Estado, para se apresentar às eleições de 2014 nas melhores condições políticas possíveis.

Bastava que dois terços do Senado -um total de 54 votos- votassem contra Rousseff para esta ser afastada do seu cargo de forma definitiva e para, portanto, assumir já como definitiva a presidência o que fora o seu vicepresidente, Michel Temer.

O PT, a própria Dilma Rousseff e a grande maioria da esquerda latinoamericana consideram que o impeachment é uma operação política, un golpe de Estado para a oligarquía brasileira recuperar o controle do país.


O Senado submeteu também à votação a hipotética inabilitação de Rousseff para cargo público pelos próximos 8 anos. Desta volta, o resultado foi favorável para a líder do PT, ao não chegarem os votos contrários aos dois terços: 42 senadores a favor de lhe tirar os direitos políticos, 36 em contra e duas abstenções.

Ao não ter sido inabilitada, Rousseff mantém as suas opções de tentar um novo assalto à presidência do país, embora o favorito do PT para se apresentar em 2018 é o líder histórico do partido, Lula da Silva.

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