O PS rejeita a oferta de Passos Coelho de fazer parte dum governo de grande coligação

A primeira opção do secretário geral, António Costa, continua a ser a de fazer um governo com o respaldo do Bloco e o Partido Comunista Português.

António Costa. PS
photo_camera António Costa. PS

Nas últimas horas, a coligação de direita Portugal à Frente tentou uma manobra à desesperada com o envio duma carta de Passos Coelho, ainda primeiro ministro, ao secretário geral do PS. A missiva continha uma oferta, a de o PS vir a fazer parte duma nova coligação de governo.

A resposta de António Costa, também a meio duma missiva, não deixa qualquer lugar à dúvida: "O que nos separa não são lugares no Governo, que recusámos desde o início, ou o relacionamento pessoal, mas a imperiosa necessidade do país e a soberana vontade dos portugueses de uma reorientação de política".

A reorientação só poderia vir a se materializar da mão dum acordo do PS com as bancadas da esquerda, os 19 assentos do Bloco de Esquerda e os 17 da CDU no palácio de São Bento. Costa escreveu a este respeito o seguinte na sua carta a Passos Coelho: "reafirmo-lhe que, responsavelmente, o PS procurará assegurar as melhores condições de estabilidade e governabilidade que garantam esta reorientação, no quadro plural da nova representação parlamentar".

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