PCP propõe um aumento do salário mínimo português até o situar em 650 euros

O Governo do PS, sustentado pelo apoio parlamentar do Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português, tem orçamentado para 2019 um salário mínimo de 600 euros. Mas o PCP quer aumentar essa verba em 50 euros e assim o defendeu na Assembleia da República.

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photo_camera Francisco Lopes

"O aumento do Salário Mínimo Nacional é indispensável para uma justa distribuição da riqueza", argumentou na sua intervenção perante a Assembleia Nacional da República o parlamentar do PCP Francisco Lopes.

Lopes não desvaloriza os aumentos do SMN produzidos baixo o governo do PS com o apoio das bancadas da esquerda, mais acha que a evolução da economia portuguesa dá para se verificar um maior aumento do salário mínimo, até se situar em 650 euros em janeiro de 2019.

"O aumento extraordinário do salário mínimo nacional para 650 euros, não é irrealista, permite melhorar as condições de vida e enfrentar a situação de trabalhadores que empobrecem a trabalhar. 650 euros significa objectivamente que cada trabalhador passaria a levar para casa 578 euros por mês [descontados os impostos]", disse o deputado comunista.

Lopes ressaltou que o salário "não é uma dádiva", sendo que "os trabalhadores produzem dia a dia, semana a semana e no fim do mês recebem apenas uma parte, tantas vezes uma pequena parte, da riqueza que produzem".

Nesta mesma semana, o Governo Sánchez e Podemos chegaram a um acordo orçamental para situar o salário mínimo espanhol em 900 euros em 2019.

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