PCP pede mais investimento público no orçamento 2017 e chama a Costa a não ceder ante Bruxelas

Não está garantido o apoio do PCP aos orçamentos que prepara o Governo Costa, o qual põe mesmo em risco a continuidade do primeiro governo de centro-esquerda apoiado pela esquerda marxista em Portugal.

João Oliveira, portavoz do grupo parlamentar do PCP
photo_camera João Oliveira

O desencontro do PCP com o Partido Socialista tem a ver com as imposições de Bruxelas ao Governo Costa. Neste momento, como também se passa com o Estado espanhol, Lisboa poderia vir a ser sancionada pela UE por desvio do défice (o 4,4% segundo Eurostat em 2015 quando tinha de ser do 3% ou inferior) e não cumprimento das normas do Pacto de Estabilidade.

O PCP pede a Costa que não ceda ao que qualifica como "chantagem de Bruxelas".

A alternativa da formação comunista para o novo exercício orçamental é o incremento do investimento público nos setores produtivos do país, visando "rompermos com o ciclo depressivo da estagnação económica", de modo a "encontrar aí a resposta social ao problema do desemprego que continua a ser um problema sério no nosso país", disse numa entrevista na rádio pública portuguesa o líder do grupo parlamentar do PCP, João Oliveira.

Oliveira garante a continuidade de Jerónimo de Sousa como líder do partido no congresso de Novembro

A retomada do crescimento económico e a diminuição do desemprego são objetivos que só virão a serem alcançados se "do ponto de vista nacional forem tomadas determinadas opções que são estratégicas, nomeadamente a recuperação dos setores produtivos, e isso não se faz sem investimento e em particular sem investimento público", salientou ainda Oliveira.

O dirigente comunista também esclareceu que Jerónimo de Sousa continuará ao fronte da secretaria geral do partido no congresso que se irá realizar no mês de Novembro.

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