PCP denúncia que com Passos Coelho a dívida aumentou 8 milhões por dia em 2015

O dossier económico num país "resgatado" pela Troika está a ser um dos cavalos de batalha da campanha eleitoral em Portugal.

Comício PCP
photo_camera Foto: PCP

O PCP -que mantém uma tendência positiva nos últimos inquéritos conhecidos, perto do 9% do voto- dirigiu esta quarta feira as suas críticas ao Governo de Passos Coelho por falir até nas políticas macro-económicas que são a grande obsessão dos neoliberais.

Numa das suas intervenções de campanha, o candidato da CDU e dirigente comunista, Jerónimo de Sousa, afirmou: "Ficámos a saber que o défice de 2014 das contas públicas se situará em 7,2%. Ou seja, três anos passados de saque ao povo e ao País temos um défice idêntico ao de 2011". Não só isso, o governo da direita teria se tornado também numa máquina de produzir dívida: "A tal dívida que Passos Coelho diz que anda a abater, afinal tem vindo a crescer 8 milhões de euros por dia, em 2015, dados divulgados anteontem pelo Banco Portugal". 

A formação comunista não limita as críticas ao bloco da direita -a coligação PSD-PP- mas também as endereça ao Partido Socialista: o PCP ataca o partido liderado por António Costa por acreditar também "na ditadura do défice e de submissão aos critérios do Euro e do Tratado Orçamental". Uma política que Jerónimo de Sousa qualifica como "desastre nacional". 

Catarina Martins, do Bloco: "Depois de todos os sacrifícios, o défice de 2014 ficou igual ao de 2011"

A resposta do Governo chegou esta quinta feira por boca da ministra Maria Luisa Albuquerque, quem garantiu o cumprimento do objetivo do défice previsto para 2015, o 2,7% do PIB. Não especificou bem como pensa conseguir tal coisa, levando em conta que na primeira metade do ano o desequilíbrio nas contas atingiu o patamar do 4,7%.

Por sua parte, a candidata do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, denunciou, nun comício decorrido no Largo do Intendente, em Lisboa, que "depois de todos os sacrifícios o défice de 2014 ficou igual ao de 2011". A líder bloquista desafiou a PSD e PS a que revelem os cortes que farão para cumprirem os objetivos marcados por Bruxelas.

Comentarios