Crónica desde Colômbia

A paz, na mira do paramilitarismo

O conflito armado na Colômbia é atravessado pela violência paramilitar. Um fator chave na repressão do movimento popular e a esquerda insurgente. Escribimos sobre ele no Sermos Galiza 241. Eis um extracto.

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Há precisamente 30 anos, o que era, então, gerente da sucursal do Banco de Comercio em Valledupar recebeu uma mensagem. “Ou se vão embora ou morrem, filhos da puta, comunistas, guerrilheiros”, esclarecia a missiva. Ricardo Palmera que havia estudado economia em Bogotá e que havia começado por ser assessor financeiro do governo na Caja Agraria, no departamento de Cesar, tinha de tomar a decisão mais importante da sua vida. Durante anos, comprometera-se politicamente com a União Patriótica e via agora como caíam assassinados milhares de companheiros seus num processo de paz afogado em sangue.

3Foi justamente em 1987, depois de uma greve camponesa na praça principal de Valledupar que tomou a decisão frente às ameaças. Diz-se que levou 30 milhões de pesos do banco e tomou o caminho de centenas de perseguidos políticos. No cimo das montanhas da Sierra Nevada de Santa Marta enterrou a sua carreira profissional de êxito e abraçou a vida guerrilheira. Tornou-se num dos mais importantes comandantes das FARC e foi mais tarde capturado e extraditado para os Estados Unidos onde todavia se encontra a cumprir uma pena de 60 anos de prisão.

[Podes ler a crónica íntegra no Sermos Galiza 241, á venda nos quiosques e puntos de venda habituais]

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