Passos Coelho: “Iremos ao encontro do PS, que respeita as regras da zona euro”

O líder conservador procura como objetivo garantir a governança em minoria através de acordos com o Partido Socialista nas questões principais. 

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As legislativas de 2015 deixam o centro-direita em minoria de escanos (102 de 230 mandatos) mais disposto a governar e uma oposição de esquerdas maioritária na Assembleia da República saída das urnas (118 deputad@s) mais que não tem qualquer hipótese de fazer governo. O Partido Socialista por boca do seu candidato e secretário-geral, António Costa, já descartou essa possibilidade na própria noite eleitoral.

Desde a coligação ganhadora (Portugal à Frente -PSD e CDS- ) anunciaram que para a governança têm os olhos deitados no PS. "Não deixaremos de ir ao encontro daqueles que, como é o caso do PS, no novo parlamento se filiam numa opção europeia e respeitando as regras da zona euro. Mais de 70% do parlamento pertence a essa filiação europeia. A nossa tarefa mais emergente é a de poder dotar o país de um Orçamento do Estado em 2016, que cumpra objectivos essenciais, manter Portugal com um défice abaixo de 3%, para poder garantir redução da dívida e terreno sólido para crescer com mais intensidade”, afirmou o líder da coligação e primeiro-ministro, Passos Coelho.

Quer desde o Bloco, (19 escanos) quer desde a CDU (17 parlamentares) advogam por abrir um cenário em que não governe a direita

Quer desde o Bloco, (19 escanos) quer desde a CDU (17 parlamentares) advogam por abrir um cenário em que não governe a direita. “Do que Portugal precisa é de um plano de urgência que junte forças, de curar as feridas da pobreza, de investimento para emprego, aumentar o salário mínimo e afastar as ameaças às pensões. Precisa da tranquilidade e da certeza de que faremos o nosso melhor contra a chantagem financeira. A dívida deve ser reestruturada para que haja saúde pública, escola de qualidade e estabilidade nas pensões”, afirmou Catarina Martins, candidata do Bloco.

De por parte, Jerónimo de Sousa,  primeiro candidato da CDU, julga que a perda da maioria absoluta por parte do centro-direita deita um quadro em que “o PS tem condições para formar Governo”. O líder do PCP prometeu rejeitar “qualquer tentativa de formação do Governo ou de aprovação do programa de Governo”. E Francisco Lopes, do Comité Central e apontado como o melhor colocado para suceder Jerónimo de Sousa, salientou que a direita só poderá vir a conseguir o governo se "alguma força que tem estado na oposição favorece a criação desse Governo”, disse em óbvia referência ao PS.

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