Morre João Semedo, dirigente do PCP que acabou coliderando o Bloco de Esquerda

Morre dum cancro aos 67 anos. Militante do PCP desde 1972 até 2003, foi um dos impulsores de Renovação Comunista. Em 2005 integrou como independente a candidatura do Bloco de Esquerda ao Parlamento europeu. Acabou por coliderar a formação, com Catarina Martins, no período 2012-2014.

Joao Semedo
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Médico de formação, João Semedo é um dos nomes de maior peso na vida institucional e orgánica do Bloco de Esquerda durante os últimos lustros. Considerado um renovador do marxismo —abandonou o PCP após as suas posições serem derrotadas pelos partidários da linha política histórica de Álvaro Cunhal—, foi parlamentar nas bancadas da formação bloquista durante três legislaturas.

Com a saída da liderança do partido de Francisco Louçã em 2012, João Semedo assume o mando do Bloco a estrear uma sorte de bicefalia com Catarina Martins. A fórmula teve um sucesso relativo e concluiu em 2014, quando a dupla Semedo-Martins vence numa convenção partidária as teses defendidas por Pedro Filipe Suares, crítico com as aproximações da formação ao Partido Socialista. A partir desse momento, Semedo deixou o primeiro plano a Catarina Martins, actual máxima dirigente do Bloque.

Já alcançado pelo cancro, Semedo participa em 2015 na fundação do movimento cívico “Direito a morrer com dignidade”.

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