Jornada de luta em Portugal contra as novas medidas do governo

A CGTP-IN convoca para 16 de Fevereiro um dia de luta nacional para reagir às novas políticas do governo de coligação luso.
Mobilización en Portugal

A intenção do executivo de Passos Coelho de reduzir as indemnizações por despedimento de 12 dias por ano de trabalho vem somar à promulgação do Orçamento de Estado para 2013, cujas contas reflectem "os interesses do capital", disse a central sindical. Neste sentido, além do aumento dos impostos que gravam os rendimentos do trabalho - perto de 89% do rendimento bruto sujeito a IRS, o governo liderado por Passos Coelho tem vindo a desenvolver uma vaga de privatizações nas principais empresas lusas (RTP, o grupo aéreo TAP ou a empresa Águas de Portugal) "entregando a preço de saldo para o capital estrangeiro", denunciam a CGTP.

Aliás, "na senda de transformação dos direitos sociais e serviços públicos em negócios lucrativos para os privados", dizem, o governo português iniciou a reconfiguração do Estado e principalmente contra o "poder autárquica" representado no país vizinho pelas freguesias votado ao desaparecimento . Sindicatos e oposição, denunciam que "aspectos essenciais da democracia e da soberania estão fortemente ameaçados", pelo que urge mais uma resposta social, mesmo às mensagens contraditórias lançadas do governo.

A mensagem "inconsequente" de Cavaco Silva

Neste sentido, em sua tradicional mensagem de Ano Novo, o actual presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou ter o desejo de levar o Tribunal Constitucional luso os Orçamentos de Estado para 2013 ao perceber que "a execução do Orçamento irá se traduzir em uma redução do rendimento dos cidadãos, quer por meio de um forte aumento de impostos quer por meio de uma diminuição das prestações sociais. tudo será afectados, mas alguns mais do que outros, o que suscita fundadas dúvidas sobre a Justiça na repartição dos sacrifícios ", disse em seu discurso.

As palavras pronunciadas pelo presidente percorreram a imprensa de meio mundo deixando atónitos os grupos da oposição que acusaram o presidente de "inconsequente" por ter promulgado o Orçamento. "Começamos o ano com o não cumprimento do presidente da República do seu juramento", asseguravam fontes do PCP, referindo-se ao imperativo legal que obriga a Cavaco Silva a cumprir e fazer cumprir a Constituição.

Perante a grave situação que atravessa o país e as consequências sociais das políticas concebidas em Bruxelas motivaram a convocação de uma jornada de luta nacional para o próximo 16 de Fevereiro ao fim dizem, de "acabar com este governo antes que a sua política acabe com o país ".

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