Haddad acusa Bolsonaro de fomentar a "violência" por propor a liberação do porte de armas

Jair Bolsonaro fomenta a violència até o ponto de mesmo ter alentado a cultura da violação. "Ele chegou a dizer para uma colega do Parlamento que não a estuprava porque não merecia"", disse o candidato do Partido dos Trabalhadores e do Partido Comunista do Brasil Fernando Haddad.

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photo_camera Haddad atende os meios

Bolsonaro até ameaçou com fuzilar a "petralhada" [a militância] do PT dias antes de ele próprio vir a ser esfaqueado no decurso dum acto eleitoral. A sua retórica é abertamente militarista, como corresponde com a súa condição de ex capitão do exército brasileiro e de apologista da ditadura militar.

Uma das propostas estrela do candidato da ultra-direita é a liberalização do porte de armas. A população brasileira tem nos altos índices de criminalidade, mais de 60 mil homicídios ao ano, uma das súas maiores preocupações. Isso é o que explica que Bolsonaro ofereça como solução ir ao modelo estadunidense de fácil acceso ás armas, embora os EUA sejam também um dos países mais violentos do mundo (perto de 20 mil assassinatos/ano).

Haddad não partilha a receita de Bolsonaro. "Armar a população não vai resolver. Quem tem que prestar o serviço de segurança pública é o estado. Se o estado não está prestando o serviço corectamente, nós temos que adequar o serviço", disse.

Qual a proposta do candidato do PT e do PCdeG? Basicamente deitar mais competências securitárias no governo federal. Neste momento, disse, os órgaos centrais do estado cuidam pouco da segurança e, por tanto, têm que "assumir parte das responsabilidades, sobre tudo em relação ao crime oganizado".

O culto de Bolsonaro á violência é tal que chegou a glorificar o militar que participou nas torturas à ex presidenta Dilma Rousseff, durante a época em que a líder petista militava nas guerrilhas que combatiam a ditadura. Essa pessoa que "tem como herói um dos maiores torturadores do continente" lidera as sondagens mas "vai perder".

Haddad basea o seu optimismo na sua capacidade para liderar uma frente democrática e popular que barra o passo a um candidato misógino, homófobo e racista.

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