"Fui vítima da maior mentira jurídica em 500 anos", di Lula

Primeiro discurso do ex presidente brasileiro despois da anulación da condena polo caso Lava Jato.
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photo_camera O ex presidente Lula da Silva, hoxe en São Bernardo do Campo (Foto: Paulo Lopes / ZUMA Wire)

O ex presidente brasileiro Lula da Silva (2003-2011) declarou hoxe ser "vítima da maior mentira" da xustiza na súa primeira comparecencia despois da anulación das condenas no caso Lava Jato. Fíxoo na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, no municipio de  São Bernardo do Campo (São Paulo) no mesmo lugar en foi recibido tras ser liberado en novembro de 2019. 

"Sei de que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história [do Brasil]", afirmou no seu discurso a respecto do proceso xudicial levado a cabo polo ex xuíz Sergio Moro. Segundo Lula, a tensión provocada polo proceso de acusación por corrupción afectou a súa familia (a muller del faleceu pouco antes de entrar en prisión). 

No entanto, afirmou que a dor que sente "não é nada diante da dor de milhões de pessoas", en referencia á pandemia, que está a golpear con especial dureza o Brasil. "Não tem nada pior do que o cidadão saber que está desempregado e que no final do mês não vai ter um salário para sustentar sua família", dixo.

E sobre a letalidade da Covid sinalou que "muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se o governo tivesse feito o elementar [...] Se o presidente respeitasse o povo, teria criado um comitê de crise em março de 2020".

Aceno ao centro

A respecto das próximas eleccións presidenciais, non confirmou se sería de novo candidato, mais si que deu algunhas chaves. "Em 2022, o partido vai pensar no momento das convenções; discutir se vai ter candidato, se vai de frente ampla", comentou. 

Esta "frente ampla", con todo, non a limitou a partidos de esquerda. "Você pode construir um programa que envolva setores conservadores, por exemplo a questão da vacina, do salário emergencial. Se você colocar na frente a discussão eleitoral, você trunca qualquer evolução. Mas se você colocar os problemas do povo brasileiro na conversa com os setores conservadores, você pode produzir efeitos extraordinários", afirmou o líder do PT.

En calquera caso, atacou con dureza a Jair Bolsonaro. "O povo não precisa de armas, precisa de salário, livro, educação; é possível governar diferente. O Brasil não é dele [Bolsonaro] nem dos milicianos", afirmou. 

"O país chegou a sexta economia do mundo, era altamente respeitado; o país tinha um projeto de nação. O que tem hoje?", cuestionou Lula.

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